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Economia

Sem receber salários, terceirizados do Banco do Brasil vão protestar amanhã

Elverson Cardozo e Francisco Junior | 29/08/2013 15:23
Funcionários se reuniram hoje para discutir o assunto. (Foto: Cleber Gellio)
Funcionários se reuniram hoje para discutir o assunto. (Foto: Cleber Gellio)

Cerca de 240 funcionários da Delta, prestadora de serviço do Banco do Brasil, em Campo Grande, organizam uma manifestação para esta sexta-feira (30), a partir das 7h30, em frente à agência que fica na esquina da 13 de maio com a Avenida Afonso Pena. Eles cobram o pagamento dos salários referentes aos meses de julho e agosto. São cerca de R$ 340 mil retidos.

A informação foi divulgada pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Empresas de Asseio e Conservação de Mato Grosso do Sul. De acordo com o presidente da entidade, Wilson Gomes Acosta, no dia 2 de agosto, a direção da empresa, prestadora de serviço, informou o banco que estaria encerrando o contrato por falta de pagamento.

Nesse rompimento, os funcionários acabaram prejudicados, porque a Delta, na versão do sindicato, repassou a responsabilidade de acerto dos vencimentos para a agência bancária, que não cumpriu com o “acordo”, protocolado, inclusive, em ofício. “A Delta comunicou essa atitude aos funcionários no dia 6 de agosto. Eles estão sem receber desde julho”, disse.

Os colaboradores, que ocupam as funções de telefonista, recepcionista, porteiros, acessorista em elevador e almoxarifes, estão amargando o prejuízo. Ao sindicato, uma funcionária, que preferiu não se identificar, definiu a situação como lastimável.

“Estamos sem vale-transporte, sem ticket alimentação. Enfim, sem condições para trabalhar”, relatou, ao dizer que presta serviços ao banco há 12 anos. “Na minha situação, tenho que pegar empréstimo para cumprir com minhas obrigações e ainda relatar aos credores que trabalho em um banco, mas não estou recebendo e, por isso, não quito minhas dívidas”, declarou.

Apesar da falta de pagamento, e da revolta, todos os funcionários continuam cumprindo seus papéis, porque tem medo de abandonar seus postos de trabalhos e não serem recolocados, afirmou o presidente. Wilson Gomes disse, ainda, que entrou em contato com o Banco do Brasil, mas os responsáveis disseram desconhecer o documento protocolado pela Delta.

Impasse - O Campo Grande News procurou o gerente de administração do Banco do Brasil, Rafael Remonti, de 47 anos, que está tratando deste assunto. Ele informou que ainda aguarda um posicionamento de Curitiba, mas adianta que “a Delta não vinha honrando os compromissos dela”.

O Banco, disse, “vinha exigindo comprovação de regularidade fiscal, do recolhimento de tributos e ela não estavam prestando isso. Para proteger os funcionários, o banco segurou os pagamentos”, explicou.

Remonti disse, ainda, que o Banco do Brasil “está em constante negociação com a Delta e deve resolver esse problema, no mais tardar, até semana que vem”. “Estamos buscando alternativas de pagar isso direto aos funcionários. Já protocolamos um pedido no Ministério do Trabalho”.

A reportagem do Campo Grande News também procurou a Delta, em Campo Grande, mas uma funcionária, identificada como Sonia, informou que os esclarecimentos seriam repassados pelo escritório que fica na Bahia.

Na cidade, outra funcionária, que se apresenta como Vanessa, disse que os responsáveis, os diretores da empresa, estavam em reunião e não poderia falar com a imprensa.

“O pessoal da diretoria não está hoje. Eles saíram para reunião. Nem na casa estão”, disse, ao comentar, na sequência, que não tinha autorização para fornecer o número do telefone celular de nenhum membro.

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