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Economia

Temer anuncia que juros do cartão de crédito serão reduzidos pela metade

Renata Volpe Haddad | 22/12/2016 09:27
Temer anunciou nesta manhã (22) que juros do rotativo do cartão de crédito será reduzido pela metade. (Foto: Marcos Corrêa/PR)
Temer anunciou nesta manhã (22) que juros do rotativo do cartão de crédito será reduzido pela metade. (Foto: Marcos Corrêa/PR)

O presidente Michel Temer (PMDB) anunciou na manhã desta quinta-feira (22) que os juros do rotativo do cartão de crédito, serão "reduzidos pela metade". As taxas estão entre as mais altas do mercado.

Segundo o site de notícias UOL, há uma semana, o presidente já havia afirmado que o governo estava estudando formas de baixar os juros do cartão, mas ainda não havia anunciado o tamanho do corte esperado.

Em novembro, a taxa do cartão de crédito chegou a 459,53% ao ano, segundo pesquisa da Anefac (Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).

Os juros do rotativo do cartão de crédito são cobrados quando o cliente não paga o valor total da fatura. Atualmente, o cliente tem a opção de pagar o valor mínimo da fatura, 15% da conta, e deixar o saldo restante para o próximo mês. Esse procedimento é chamado de crédito rotativo.

Essa operação, ao lado do uso do cheque especial, envolve a cobrança dos juros mais altos do mercado. Por esse motivo, deve ser sempre evitada. Os juros são definidos pela instituição financeira e cobrados sobre a quantia que deixou de ser paga.

Pauta positiva - O Governo Federal vem anunciando propostas para tentar estimular a economia e tirar o país da crise. Muitas dessas medidas ainda estão em estudo e não têm prazo determinado para entrar em vigor.

O desempenho da economia continuou ruim no segundo semestre deste ano, o que colocou em xeque o otimismo visto com a mudança de governo.

O anúncio de medidas consideradas positivas também acontece num momento em que o governo tenta reverter um desgaste de imagem, após a cúpula do Palácio do Planalto, incluindo o próprio presidente, ter sido citada em delação premiada da Odebrecht, no âmbito da operação Lava Jato.

Para especialistas, o "minipacote" divulgado na semana passada é "positivo, mas não resolve". A principal crítica é que as propostas não têm relação entre si, parecem um "catadão de medidas", e devem ter quase nenhum impacto na retomada da economia.

 

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