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Economia

Volume de abates em MS cai 3,4% entre 2015 e 2016, afirma IBGE

Ricardo Campos Jr. | 15/03/2017 19:24
Nas prateleiras dos mercados, a maior parte dos cortes sofreram acréscimos abaixo da inflação (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)
Nas prateleiras dos mercados, a maior parte dos cortes sofreram acréscimos abaixo da inflação (Foto: Marcos Ermínio / Arquivo)

O volume de abates bovinos em Mato Grosso do Sul caiu 3,4% entre 2015 e 2016, segundo Pesquisa Trimestral de Produção Animal divulgada nesta quarta-feira (15) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Ainda assim o estado segue ocupando o segundo lugar no ranking nacional do setor, atrás do vizinho Mato Grosso que fechou o ano passado com aumento de 2,7%.

No Brasil foi contabilizada queda de 3,2% na quantidade de abates no mesmo período. Essa foi a terceira baixa consecutiva na serie histórica do IBGE. Já o peso médio das carcaças aumentou 3,3 quilos em relação a 2015, já que houve redução de fêmeas (que geralmente são mais leves) no montante analisado.

Hong Kong, na China, foi o principal destino das exportações de carne brasileiras em 2016, tendo recebido 181.292 toneladas do produto. Contudo, levando em consideração os demais países que compram carne do país, houve queda de 0,3% comparando os dois últimos anos. A maior retração foi registrada na Venezuela, que adquiriu 71.397 toneladas a menos de carne em 2016.

O preço médio da arroba bovina fechou 2016 em R$ 152,90, variando de R$ 147,38 a R$ 159,49. Comparando os anos de 2015 e 2016 foi registrado aumento de 5,15%, abaixo do Índice Geral de Inflação de 6,29%.

Nas prateleiras dos mercados, a maior parte dos cortes sofreram acréscimos abaixo da inflação, com exceção do músculo, que aumentou 6,71% ano passado. Em contrapartida, o patinho teve menor aumento, subindo apenas 0,49%.

Positivo - Em Mato Grosso do Sul houve aumento de 6% no abate de suínos entre 2015 e 2016. Segundo o IBGE, foram 85,58 mil cabeças a mais comparando os dois anos, embora tenha havido queda de 33,4% na exportação de carne suína in natura.

No Brasil foi registrado aumento de 7,8% no período, tendo sido abatidos 42,32 milhões de animais. O volume representa um novo recorde. Desde 2005 a quantidade de carne suína no país vem crescendo, conforme a série histórica do IBGE.

O peso acumulado das carcaças de suínos alcançou 3,71 milhões de toneladas em 2016, representando aumento de 8,2% em relação a 2015. Segundo dados da Secex, a exportação brasileira de carne de suíno em 2016 registrou, em termos de volume e faturamento, aumentos de 33,0% e 15,5%, respectivamente, em relação ao resultado obtido no ano de 2015.

Conforme a pesquisa, o aumento menor deve-se à queda dos preços internacionais, que apresentaram variação negativa (-13,2%) na comparação das médias de preços anuais 2016/2015.

O país também bateu recorde no abate de frangos. Em comparação com 2015, houve aumento de 1,1% na produção ano passado.

Em contrapartida, Mato Grosso do Sul foi um dos estados que apresentaram queda na produção desses animais, com 3,3% menos animais abatidos (menos 5,70 milhões de frangos). A mesma redução foi observada na exportação de carne de frango in natura a outros países pelo estado.

A Arábia Saudita, principal parceiro comercial do Brasil no mercado de frango, teve participação 1,4 pontos percentuais inferior a 2015, resultado tanto de uma redução de 5,1% do volume comercializado, como do crescimento da participação da China. O país asiático cresceu 4,3 pontos percentuais e tornou-se o segundo maior destino, segundo o IBGE.

Já a produção de ovos de galinha foi de 3,10 bilhões de dúzias em 2016, representando aumento de 5,8% em relação ao ano anterior. A série anual mostra que houve crescimentos ininterruptos dessa atividade, culminando em novo patamar recorde em 2016. Mato Grosso do Sul aumentou em 7% a produção de ovos de galinha entre 2015 e 2016.

Couro - Os curtumes brasileiros declararam ter recebido 33,62 milhões de peças inteiras de couro em 2016, aumento de 1,4% em relação ao ano anterior. Mato Grosso do Sul apresentou aumento de 3,9% na quantidade de couro cru recebido pelos curtumes, mantendo-se na segunda posição do ranking nacional.

Em 2016 o método mais utilizado para o curtimento foi ao cromo (96,9%), seguido pelo tanino (2,8%) e por outros métodos de curtimento (0,3%), conforme o IBGE.

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