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Economia

XP formaliza criação de empresa que pretende operar na Rota da Celulose em MS

Consórcio faz processo andar em meio a disputa judicial que ameaça suspender contratação

Por Viviane Monteiro, de Brasília | 12/12/2025 11:28
XP formaliza criação de empresa que pretende operar na Rota da Celulose em MS
Caminhão trafega em rodovia ao lado de floresta de eucalipto (Foto: divulgação)

Apesar da crescente incerteza jurídica que envolve a concessão da Rota da Celulose, a XP – por meio do fundo gerido pela XP Vista Asset Management, acionista majoritária do Consórcio Caminhos da Celulose – afirma que avançou com o registro da razão social da sociedade de propósito específico (SPE) responsável pela futura operação da rodovia em Mato Grosso do Sul. Ou seja, a Concessionária Rodovia da Integração SPE S.A., criada em Campo Grande para cumprir exigências do edital, surge em um momento em que a disputa judicial movida pela K-Infra questiona a validade do processo licitatório.

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A XP formalizou a criação da Concessionária Rodovia da Integração SPE S.A., em Campo Grande, para operar a Rota da Celulose em Mato Grosso do Sul. A empresa foi registrada mesmo diante de disputas judiciais movidas pela K-Infra, que questiona a validade do processo licitatório. O grupo liderado pela XP tem até 27 de janeiro para entregar a documentação ao governo estadual. A empresa afirma estar cumprindo todas as exigências do edital e garante que os recursos necessários para a assinatura do contrato estão assegurados pelos acionistas.

A XP afirma, em nota encaminhada ao Campo Grande News por sua assessoria de imprensa, que a concessionária criada – que leva o nome fantasia Caminhos da Celulose – “está cumprindo rigorosamente todas as etapas estabelecidas no edital da Rota da Celulose (Concorrência nº 01/2024, promovida pela Seilog (Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso do Sul)”.

Segundo o banco de investimentos, a constituição da SPE em Campo Grande atende a uma exigência formal imprescindível do processo, assegurando transparência, governança e segregação operacional.

A XP tem até 27 de janeiro para entregar toda a documentação ao governo de Mato Grosso do Sul, responsável pela licitação. Após essa fase, se não houver impedimento jurídico, o consórcio deverá ser convocado para a assinatura do contrato da concessão da Rota da Celulose.

O grupo liderado pela XP Investimentos foi convocado para assumir a concessão da rota que contempla rodovias estaduais e federais na região leste do Estado, após o Consórcio K&G Rota da Celulose, formado pela K-Infra e pela Galápagos Participações Ltda, ter sido desclassificado cerca de um mês depois de vencer, em primeiro lugar, o leilão realizado em maio na sede da B3, em São Paulo.

A K-Infra ingressou com mandado de segurança no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul para anular o processo. Embora sem previsão definida, o recurso pode ser analisado a qualquer momento, já que se trata de pedido de urgência, na avaliação de especialistas que acompanham o caso.

A XP mantém o cronograma previsto no edital e afirma que “todas as condições prévias à assinatura do contrato estão sendo rigorosamente observadas dentro dos prazos legais estabelecidos”. O edital prevê prazo de até 60 (sessenta) dias, prorrogáveis por igual período, contados a partir da homologação (em 26 de setembro), para a integralização das garantias. “A concessionária encontra-se integralmente alinhada a esse cronograma, mobilizando todos os seus esforços para o cumprimento integral de todas as obrigações”.

Na nota, a XP afirma ainda que a concessionária é formada por um consórcio de empresas com vasta experiência no setor de infraestrutura e que atende a todos os requisitos de idoneidade e habilitação exigidos pelo edital. “Isso inclui um fundo gerido pela XP Vista Asset Management, uma das gestoras de recursos da marca XP Asset, que confere solidez e robustez financeira, elevados padrões de governança e estrutura de capital plenamente compatível com as exigências do edital. Os recursos necessários para a assinatura do contrato estão devidamente equacionados pelos acionistas”, garante.

A XP acrescenta que a concessionária reafirma seu compromisso com a execução do projeto, que representa um marco significativo e deverá trazer investimentos relevantes e modernização logística para Mato Grosso do Sul.