Governo federal abre canal para sugestões sobre uso de IA na educação
Levantamento ajudará a fazer da tecnologia uma aliada da aprendizagem e não uma ameaça ao processo educacional

O governo federal quer ouvir sugestões da população brasileira sobre como usar a IA (Inteligência Artificial) na área da educação. Para isso, abriu uma consulta pública com o objetivo de coletar contribuições e sugestões da sociedade civil que vão ajudar a construir um referencial para o desenvolvimento e uso responsáveis da ferramenta no setor.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
A consulta foi aberta ontem e ficará disponível na plataforma Brasil Participativo até o dia 29 de outubro. Todo cidadão que tenha interesse em ajudar as escolas a fazerem bom uso dessa tecnologia pode contribuir pelo site Brasil Participativo.
Segundo o MEC (Ministério da Educação), podem participar educadores, estudantes, famílias, gestores, pesquisadores, desenvolvedores e cidadãos interessados no tema.
As contribuições serão agrupadas nos seguintes temas: proteção de dados; combate a vieses algorítmicos; direitos autorais e integridade acadêmica; critérios de transparência; protocolos de uso por faixa etária; formação docente; e acessibilidade e prioridades de infraestrutura.
Em nota, o MEC lembra que inteligência artificial já está presente no cotidiano escolar, “desde o planejamento de aulas à personalização das trajetórias de aprendizagem, especialmente no contexto da acessibilidade do ensino a estudantes com diferentes necessidades”.
A Pesquisa Internacional sobre Ensino e Aprendizagem 2024, divulgada nesta semana pela OCDE, mostra que os professores no Brasil (56%) usam mais IA do que a média (36%) dos países da OCDE.
Fundamentos - Por meio do referencial a ser obtido com a ajuda da consulta pública, será possível definir “fundamentos e salvaguardas para que a tecnologia seja uma aliada da aprendizagem e não uma ameaça aos processos educacionais”.
Ainda segundo o MEC, entre as diretrizes estará a adoção de medidas como supervisão humana significativa em todas as etapas; alinhamento às finalidades pedagógicas; transparência e explicabilidade dos sistemas; governança e segurança de dados com avaliação de impacto algorítmico; compras públicas responsáveis; e formação continuada de professores e gestores.
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