Inscrições para a 2ª edição do "Enem dos Concursos" começam nesta quarta-feira

As inscrições para a segunda edição do CPNU (Concurso Público Nacional Unificado), apelidado de "Enem dos Concursos", começam nesta quarta-feira, 2 de julho, e vão até o dia 20 do mesmo mês. A informação foi confirmada nesta segunda-feira (30) durante coletiva de imprensa na Esplanada dos Ministérios, com a divulgação do edital oficial do certame, que será publicado ainda hoje no site do MGI (Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos).

De imediato serão ofertadas 3.652 vagas distribuídas entre 36 órgãos da administração pública federal. Os cargos contemplam níveis médio, técnico e superior, com salários iniciais que variam entre R$ 4 mil e R$ 17 mil, conforme o cargo e a exigência de escolaridade.

A taxa de inscrição é de R$ 70, independentemente do nível de escolaridade exigido. Poderão solicitar isenção candidatos inscritos no CadÚnico, doadores de medula óssea, egressos do Fies e do Prouni. O prazo para solicitar a isenção vai de 2 a 8 de julho. O pagamento da taxa deve ser feito até 21 de julho.

As provas objetivas da primeira fase serão aplicadas no dia 5 de outubro, em 228 cidades do país. Os candidatos de nível superior farão 90 questões (30 de conhecimentos gerais e 60 de específicos), das 13h às 18h. Para nível intermediário (médio e técnico), a prova terá 68 questões (20 de conhecimentos gerais e 48 de específicos), com duração de 3h30, encerrando às 15h30.

A segunda fase, com provas discursivas, está marcada para 7 de dezembro. Para nível superior, serão duas questões discursivas, com prova de três horas de duração. Para nível intermediário, será cobrada uma redação dissertativa-argumentativa, com duração de duas horas. A convocação para essa etapa será feita no dia 12 de novembro.

O CPNU 2025 mantém a organização por blocos temáticos, que agrupam cargos de áreas similares. Isso permite que o candidato concorra a diferentes cargos com uma única inscrição. Embora a maioria das vagas esteja concentrada em Brasília (DF), há oportunidades em outras regiões do país.

Entre as novidades, está a política afirmativa para garantir diversidade no serviço público. Haverá reserva de vagas para pessoas negras (25%), indígenas (3%), quilombolas (2%) e pessoas com deficiência (5%). Também está prevista uma política de equiparação de gênero para a segunda fase, garantindo que mulheres ocupem, no mínimo, 50% das vagas. Segundo a ministra Esther Dweck, não se trata de reserva de vagas, mas de convocação adicional com base na nota final para equilibrar a presença dos gêneros.

Além disso, mulheres lactantes terão direito a tempo adicional para a prova, com autorização para amamentar durante o exame, desde que acompanhas por uma pessoa de confiança, que seguirá regras semelhantes às dos candidatos, como a proibição do uso de celular.