Enquete: 88% dos leitores dizem ser contra as apostas online
Apostas online preocupam leitores; CPI apura fraudes, vício e impacto na renda familiar
A CPI das bets, que apura crimes cometidos por casas de apostas online,virou palco da internet essa semana por conta de depoimentos de influencers e atitudes inadequadas de políticos. A enquete do Campo Grande News de ontem (15) apontou que 88% dos leitores são contra as bets, enquanto 12% são a favor. Alguns leitores deixaram suas opiniões nas redes sociais.
RESUMO
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Uma enquete realizada pelo Campo Grande News revelou que 88% dos leitores são contra as apostas online, enquanto apenas 12% apoiam a prática. O tema ganhou destaque com a CPI das bets, que investiga crimes relacionados a casas de apostas, incluindo manipulação de resultados e lavagem de dinheiro. As apostas eletrônicas, que movimentam bilhões de reais anualmente, têm impactado negativamente a renda familiar e aumentado casos de dívidas e dependência. Um estudo aponta que jogadores compulsivos tendem a aumentar suas apostas, levando a problemas financeiros e comportamentais. A regulamentação do setor, iniciada em 2018, busca coibir crimes e mitigar os efeitos negativos do jogo patológico.
As apostas eletrônicas tornaram-se rapidamente um mercado que movimenta bilhões de reais por ano e influencia cada vez mais no futebol, em casos de fraudes e denúncias de manipulação de resultados. Um dos objetivos da CPI é investigar o impacto dos jogos virtuais e apostas on-line na renda familiar brasileiro, além de apurar o possível envolvimento de organizações criminosas em práticas de lavagem de dinheiro.
Entre o percentual de apostadores com dívidas em atraso há mais de 90 dias, 58% delas gastaram com bets por meio de aplicativos ou sites na internet. A pesquisa foi realizada pelo Instituto DataSenado, em junho de 2024. As apostas esportivas on-line ficaram sem regulamentação até o ano passado, após permitidas pelo governo do Michel Temer por meio da Medida Provisória convertida na Lei 13.756, de 2018.
A regulamentação deve incluir medidas para coibir crimes como a lavagem de dinheiro e mitigar os impactos negativos associados ao jogo patológico. “Sou totalmente contra, enquanto pessoas que se dizem bem intencionadas, fazem vítimas do sistema onde ganham dinheiro e as pessoas que perdem ficam deprimidas, suicidas e sem saída”, comentou Vanda Lúcia Oliveira nas redes sociais do Jornal.
Jogadores com problemas de dependência tendem a aumentar suas apostas ao longo do tempo e acabam indo à falência, associando com uma maior compulsão por álcool e nicotina. A liberação de dopamina pode reforçar a compulsão por jogos de azar ao aumentar os níveis de excitação e reduzir a inibição de decisões arriscadas, conforme o estudo publicado no periódico Addicition.
Natalio Malaquias deixou sua opinião nas redes também. “Em um país de maioria miseráveis e sem instrução , esses jogos iludem milhares de pessoas que tiram dinheiro de seus sustentos para tentarem na ilusão conseguirem um dinheiro à mais para conseguirem quitar suas dividas ou quem sabe até mesmo melhor o padrão de vida’.
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