Maioria acha que governo federal não está interessado em defender meio ambiente
Apenas 24% dos leitores que responderam enquete acreditam que essa seja uma das pautas da gestão Bolsonaro
Maioria dos leitores (76%) que responderam enquete acham que o governo federal não está interessado em defender o meio ambiente. Apenas 24% votaram que acreditam nessa hipótese.
Além de estar no alvo de críticas de organizações mundiais, a gestão ambiental passou a ser investigada neste ano, na figura do ex-ministro Ricardo Salles, que pediu demissão em junho depois de ser alvo de inquérito no STF (Supremo Tribunal Federal).
- Leia Também
- “Pantanal em alerta” identificou 333 fazendas potencialmente vulneráveis ao fogo
- Bombeiros de MS inciam operação de combate a incêndios no Pantanal
Esse processo teve origem em operação da Polícia Federal, que mira suposto favorecimento a empresários do setor de madeiras por meio da modificação de regras com o objetivo de regularizar cargas apreendidas no exterior.
A oposição política ataca o governo Bolsonaro dizendo que estão entregando o patrimônio florestal na mão de grileiros e garimpeiros ilegais, além de desaparelhar o Ibama (Instituto Brasileiro de Recursos Naturais e Renováveis), tirando poder de fiscalização do órgão.
O governo se defende e adotou tom mais ameno a partir da vitória de Joe Biden, na presidência dos EUA, que mandou recado sobre a política ambiental brasileira, tida como preocupante para áreas de proteção, como na Amazônia e Pantanal.
Em abril, enviou carta a Biden, dizendo que o Brasil “reitera o compromisso do Brasil com os esforços internacionais de proteção ao meio ambiente, combate à mudança do clima e promoção do desenvolvimento sustentável”.
Pantanal - O ano de 2020 foi crítico para o Pantanal, por conta do recorde histórico nos incêndios em vegetações, boa parte em áreas ambientais protegidas por lei.
Conforme relatório elaborado pelo Ministério Público, a ação humana foi responsável por esses incidentes, contrariando conceitos como o do "boi bombeiro", defendida então pela ministra da Agricultura, Tereza Cristina.
