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Esportes

Ao chegar no Brasil, Marquinhos Cambalhota relata as dificuldades após terremoto no Japão

Ítalo Milhomem | 17/03/2011 09:26
Jogador desembarcou em SP e seguiu para bataguassu (MS).
Jogador desembarcou em SP e seguiu para bataguassu (MS).

Marquinhos Cambalhota, jogador sul-mato-grossense que jogava em um time de Sendai, uma das cidades mais atingidas pelo terremoto no Japão, deu entrevista à TV Folha na sua chegada do oriente em São Paulo e garantiu que ficará no País somente durante as “férias forçadas”, devido à paralisação do Campeonato Japonês de Futebol.

O time japonês recomendou a volta para o país dos jogadores estrangeiros por conta dos altos níveis de radiação onde ele mora, que também sofre com a falta de estrutura, já que falta água potável e alimentos também.

“Nossas coisas ainda ficaram lá, até porque não tinha como pegar. Pegamos só as coisas de emergência, mas eu tenho certeza que as coisas vão voltar ao normal e a gente vai poder terminar esse contrato”, relata Cambalhota.

O jogador estava junto com os companheiros de clube, almoçando em um restaurante italiano no momento do tremor. "Estávamos treinando e achei que o chão ia rachar embaixo de mim. Sinceramente, pensei que ia morrer

Quando eles ouviram o alarme de terremoto, saíram do estabelecimento e viram pessoas caindo e prédios balançando.

"Foi fora do comum. Quando vi os prédios caindo uns sobre os outros, achei que não ia passar dessa. Era todo mundo dando as mãos, caindo no chão. O centro de treinamento acabou. Vestiário, acomodação, tudo", lembrou em entrevista à emissora de TV.

Marquinhos Cambalhota tem 34 anos e há 10 anos vive no Japão, onde é considerado um dos ídolos do futebol japonês. Após sua chegada ontem (16), ele seguiria de carro para cidade de Bataguassu, onde sua família vive. Ele estava ao lado do jogador Max Carrasco, ex-Ipatinga.

"Todo mundo está saindo de lá, porque é impossível continuar. É muito triste", disse.

O atacante se formou nas categorias de base do Operário-MS e se projetou para o futebol brasileiro no Coritiba. As comemorações pouco convencionais lhe renderam o apelido de Marquinhos Cambalhota.

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