Crianças e famílias encontram amizade e terapia em esporte novo, o Ranch Sorting
Primeira etapa do estadual reúne pais e filhos em provas no Parque de Exposições Laucídio Coelho
O sonho de Emanuelly Alves, de 10 anos, sempre foi ter um cavalo para encher de laços. Há três anos, viu o desejo virar realidade com Lenjezz, que ela pinta de rosa e trança a crina para disputar provas de Ranch Sorting.
RESUMO
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O Ranch Sorting, modalidade que simula a apartação de gado, tem unido famílias e proporcionado momentos terapêuticos em Campo Grande. Durante a primeira etapa do 13º Campeonato Estadual, realizada no Parque de Exposições Laucídio Coelho, crianças e adolescentes demonstram sua paixão pelos cavalos e pela competição. Entre os participantes, destaca-se Emanuelly Alves, de 10 anos, que realiza seu sonho ao lado do cavalo Lenjezz, e Maria Clara Amorim, de 13 anos, que migrou das provas de tambor para o Ranch Sorting. André Cardoso Bastos, 12 anos, compete ao lado do pai, Junior Bastos, fortalecendo os laços familiares através do esporte.
A modalidade simula o trabalho de apartação de gado, em que duplas ou trios conduzem bois numerados de um curral a outro, seguindo ordem e tempo determinados. Nesta sexta-feira (8) e sábado (9), Campo Grande sedia a primeira etapa do 13º Campeonato Estadual da modalidade, no Parque de Exposições Laucídio Coelho.
“Ele é macho, mas faço ele todo de menininha”, brinca Emanuelly. “Já tentei outros esportes, mas não me sinto tão bem quanto nesse. Esse esporte me faz feliz. Desde que era bebezinha, eu gostava de cavalos”, completa.
O incentivo veio do pai, mas hoje a mãe, Thamires Alves, 31 anos, também acompanha de perto a rotina de treinos e provas. “Incentivo muito a Emanuelly, porque acho que esse mundo é o melhor para eles”, diz Thamires.
Há oito meses, a menina passou a treinar com a amiga Maria Clara Amorim de Moraes, de 13 anos. “Antes da prova, a gente se junta e cria uma conexão com ela e com o cavalo”, conta Maria Clara.
A adolescente conheceu o Ranch Sorting no ano passado, depois de competir por anos em provas de tambor. “Neste ano, comecei a evoluir bastante com meu cavalo. Ele era de tambor e veio para o Ranch Sorting e também faz baliza”, explica.
Para ela, o vínculo com o animal é fundamental. “É muito importante vir antes e arrumar seu próprio cavalo para criar um vínculo no dia da prova. Mesmo que você já tenha, a sua conexão fortalece na hora”, afirma.
Outro apaixonado pelas pistas é André Cardoso Bastos, de 12 anos. Ele monta desde os 3, fez equitação por três anos e, há outros três, pratica o Ranch Sorting, competindo quase todo mês. “Aproximou bastante eu e meu pai, conversamos mais, passamos mais tempo juntos”, diz.
Antes de entrar na pista, admite que bate um frio na barriga. “Dá uma ansiedade, mas depois é só se divertir e fazer o que sabe. Tem que ter uma conexão, confiar no cavalo e o cavalo confiar em você”, ensina.
O pai, Junior Bastos, 44 anos, também participa das provas. “Fico orgulhoso de ver meu filho. É gostoso andar junto, ficar junto. É um esporte da família, aproxima bastante, a gente fica mais amigo”, conta.
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