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Esportes

Morenão tem gramado aprovado, mesmo com antigos problemas

Nyelder Rodrigues | 24/06/2012 13:09

Apenas o gramado foi alvo de reforma, sendo todo trocado. Mas à beira do campo, problemas persistem

No lugar das bandeiras de escanteio, foram improvisadas sacolas plásticas (Foto: Nyelder Rodrigues/MS Esporte Clube)
No lugar das bandeiras de escanteio, foram improvisadas sacolas plásticas (Foto: Nyelder Rodrigues/MS Esporte Clube)

Após um ano sem receber jogos, o estádio Morenão voltou. Com muita tradição e gramado novo, mas pouquíssima torcida – formada apenas por alguns familiares de atletas – o Comercial foi derrotado por 2 a 1 pelo Ponta Porã e eliminado do Estadual Sub-18 de Futebol.

Aliás, a volta não teve nenhum glamour, por diversos motivos. Além da falta de torcida e da derrota do time da casa, que é representado por atletas da escolinha Chelsea Brasil, houve uma confusão no final da partida envolvendo atletas e arbitragem, e a beira do gramado foi possível ver antigos problemas do local. A reforma apenas contemplou a troca do gramado, e mais nada.

Entre uma conversa e outra à beira de campo, um dirigente comentava a falta de estrutura e de recursos do estádio, contando alguns casos da reforma do gramado. No diálogo, o repórter da Rádio Segredo FM 106,3, e editor do site Futebol na Canela, Thiago Lopes de Faria, lamentou a situação. “Isso aqui é um grande elefante branco. Essa é a verdade”.

O baixo público no Morenão mostrou a velha arquibancada de sempre. Na pista que contorna o campo, os problemas também continuavam iguais. No fosso que separa o campo das arquibancadas, a água da chuva continua parada como sempre, um convite a proliferação de doenças como a dengue.

Caixa do sistema hidráulico fica destampado e pode resultar em lesões caso algum atleta acaba caindo no burado (Foto: Nyelder Rodrigues)
Caixa do sistema hidráulico fica destampado e pode resultar em lesões caso algum atleta acaba caindo no burado (Foto: Nyelder Rodrigues)

À beira do gramado, várias caixas do sistema hidráulico estavam destampadas, e outras com a tampa estragada, deixando buracos que em uma jogada rápida ou de disputa de bola, podem lesionar algum atleta que cair ali.

Outra coisa que chamou a atenção foi um improviso, sem gravidade, mas inusitado. Nos cantos do campo, onde ficam as bandeiras de escanteio, foram usadas sacolas plásticas amarelas, algumas hasteadas em cabos de madeira, ao invés do material flexível que geralmente é usado na maioria dos estádios.

De acordo com Jair Sartorelo, responsável pela administração do estádio, estão previstas para o segundo semestre outras obras que não devem atrapalhar a realização de jogos, como melhoria nas cabines de imprensa e o fechamento das dilatações nas colunas do estádio, onde os morcegos costumam ficar.

Elogios ao gramado - Já o gramado, alvo de reforma nesses quase seis meses de obras no estádio, foi elogiado. Ainda apresentando problemas comuns a gramados recém implantados, como alguns pedaços de grama ainda não tão bem fixados, o campo mostrou estar em dia com a drenagem. Mesmo após a forte chuva que atingiu a Capital nos últimos dias, o gramado apresentava bom estado.

Um dos que gostaram do gramado foi o treinador do Ponta Porã, Ademar Dorneles. “O gramado está muito bom. Acho que é o melhor do Estado, tanto pela qualidade como pelo tamanho do campo”, afirma o treinador, que também acredita ter sido beneficiado pelo novo gramado.

“Essa grama é fofa, e mostrou que estamos mais bem preparados fisicamente, já que esse tipo de grama desgasta mais. Prova disso foram os cinco jogadores deles que sentiram câimbras. Do nosso lado, apenas um sentiu, e mesmo assim foi porque ele pouco jogou e só voltou agora”, conta o Ademar. O Comercial começou melhor e abriu o placar, mas o Ponta Porã conseguiu virar o jogo e controlar as ações durante o segundo tempo.

(Reportagem especial para o Campo Grande News e MS Esporte Clube)

Problema de acumulo de água das chuvas no fosso do estádio continua (Foto: Nyelder Rodrigues)
Problema de acumulo de água das chuvas no fosso do estádio continua (Foto: Nyelder Rodrigues)
Mesmo na reabertura do Morenão, torcedores não quiseram matar a saudade do local
Mesmo na reabertura do Morenão, torcedores não quiseram matar a saudade do local
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