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Esportes

Estudantes trocam preguiça das férias por esportes em projeto da Itália

Mariana Lopes | 09/07/2012 18:45

Até o dia 24 de julho, meninos e meninas do ensino fundamental da Escola Estadual Padre Franco Delpiano, localizada dentro do Hospital São Julião, participam de oficinas de basquete, vôlei, futebol, dança e aula de italiano

Em férias, estudantes jogam basquete em projeto que é realizado no Hospital São Julião.
Em férias, estudantes jogam basquete em projeto que é realizado no Hospital São Julião.

A ideia é ocupar o tempo ocioso dos alunos durante as três semanas de férias, e o principal atrativo veio direto da Itália para o 9° Treino de Basquete. Até o dia 24 de julho, meninos e meninas do ensino fundamental da Escola Estadual Padre Franco Delpiano, localizada dentro do Hospital São Julião, participam de oficinas de basquete, vôlei, futebol, dança e aula de italiano, todas conduzidas por voluntários da ong italiana OASI.

Dos 472 alunos matriculados no colégio, segundo a diretora, Anjela Regina Ramos, 400 participam das oficinas. “Só não participam aqueles que vão viajar ou que já tem alguma programação. Os próprios pais os incentivam a virem, pois é uma tranquilidade saber que estão aqui e não na rua”, comenta. A escola atende crianças e adolescentes da região em situação de vulnerabilidade social.

Como as oficinas já fazem parte do calendário da escola, os alunos ficam ansiosos para chegarem as férias. O aluno do 9° ano Hugo Leandro Firmino, 15 anos, enxerga além das atividades físicas. “Quando a gente faz algo errado, os instrutores chamam a gente e conversam, não dão bronca. Aqui eles também ensinam o respeito ao próximo”, conta.

O coordenador do projeto, Cláudio Beltrome, diz que os princípios salesianos, educação e respeito, é que regem a forma de condução das oficinas. Através de parcerias, as edições do Treino de Basquete são custeadas pela ONG, que incluem ainda transporte dos alunos, lanche, uniforme, material. Os oito voluntários vieram para Campo Grande exclusivamente para monistrar as oficinas no projeto.

Pelo 9° ano consecutivo com os treinos, o projeto rendeu frutos. Exemplo disso é o acadêmico de Educação Física Fabio Maddalena, 17 anos. Ele participou como aluno desde a primeira edição do projeto, e hoje, egresso da escola, trabalhada de voluntário como tradutor e monitor. “Foi aqui que nasceu minha paixão pelo esporte e tive base para escolher minha futura profissão”, conta Fábio.

Para Cláudio, a maior alegria é de exemplos como Fábio. “É muito bom ver crianças que cresceram com a gente e hoje nos ajudam”, diz.

E quem está chegando agora, já se encanta pelo projeto. “A gente aprende coisa nova, faz amizade. Eu nunca imaginei jogar basquete, e estou descobrindo uma paixão”, conta a aluna do 8° ano Letícia Nantes Gonçalves, 13 anos.

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