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A criminalidade e a greve nas rodovias

Marta Ferreira | 30/05/2018 06:00

Reflexos – Não houve setor que passou incólume à greve dos caminhoneiros que, embora enfraquecida, entra hoje em seu décimo dia. Na segurança, o efeito foi, digamos, positivo: diminuiu o número de furtos e roubos em Campo Grande nos dias de crise do combustível, comparado à mesma semana do ano anterior.

Quanto – Segundo a coluna apurou, do 21 até esta terça-feira, 29, houve redução de 24% nos crimes de furtos e roubos em Campo Grande. Os dados são do setor de estatística on-line da Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública).

Exceção – Oficial da Polícia Militar que atua na região central ouvido pela reportagem confirma que, de nove dias, apenas um indicou um aumento nas ocorrências. No dia citado, ocorreu um assalto que acabou em morte, na quarta-feira.

Motivo - “Pode ser que tenham pensado que ficaríamos sem combustível, o que não aconteceu”, analisa o policial, sobre o comportamento específico da criminalidade neste dia. Nos outros, afirma, a tendência foi de redução nos chamados para a PM.

Demanda maior – Como toda situação de crise, sempre tem quem se beneficie. Um dos exemplos localmente são pequenos produtores de legumes e verduras, que estão suprindo a falta de mercadorias vindas de fora.

Contra a corrente - Tem, também, quem vá em sentido inverso do movimento de boa parte dos fornecedores, que foi de aumentar preços, em razão do desabastecimento. O restaurante Pietro e Maria, no Jardim dos Estado, está oferecendo um prato de massa a R$ 10 no cardápio, "contra a especulação e oportunismo dos Inescrupulosos". A promoção, diz a divulgação, vale enquanto durarem os estoques.  

Apoio patriótico - No maior ponto de concentração dos caminhoneiros, em Campo Grande, na BR-163, são os vendedores ambulantes que aproveitaram os dias de movimento para lucrar. Bandeirinha do Brasil foi apenas um dos itens comercializados.

Em evidência – Exército e Polícia Rodoviária Federal também tiveram um ganho para a imagem com a situação caótica provocada pelos caminhoneiros e sua paralisação. Imagens de equipes das duas instituições e entrevistas dos representantes das corporações estão o tempo todo na cobertura da mobilização. Outro exemplo é o superintendente do Procon, Marcelo Salomão, que já perdeu as contas de quantas entrevistas deu nos últimos dias para falar dos reflexos da crise do combustível.

Não passou - Os deputados mantiveram o veto sobre o projeto que exigia instalação de câmeras em asilos e creches, com votação apertada de 10 votos a favor de veto e 11 contra. Faltaram 2, já que são necessários 13 para derrubar voto.

Mudança de lado - A votação contra o veto contou com a bancada do PT, os autores do projeto, e a bancada do MDB, que decidiu se juntar com a oposição contra a decisão do governador. A legenda, como se sabe, era base até outro dia e decidiu sair para apoiar André Puccinelli ao governo.

(Com Viviane Oliveira, Leonardo Rocha, Miriam Machado)

 

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