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Diretor do Consórcio Guaicurus recusa convite para andar de ônibus

Por Jhefferson Gamarra, Ketlen Gomes e Kamila Alcântara | 10/06/2025 06:00
Diretor do Consórcio Guaicurus recusa convite para andar de ônibus
Diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira

Desafiado – Durante a oitiva da CPI do Transporte, o diretor de Operações do Consórcio Guaicurus, Paulo Vitor Brito de Oliveira, recusou o convite do vereador Ademar Júnior, o Coringa (MDB), para acompanhar um trajeto da linha Moreninha–Shopping Expresso em horário de pico. O convite, feito com ironia, veio após o diretor admitir que não sabe quantos passageiros cabem em cada ônibus.

Culpa dos outros – Ainda no depoimento, Paulo afirmou que os buracos nas vias contribuem significativamente para os danos nos ônibus. Segundo ele, o impacto das imperfeições do asfalto gera torção na carroceria dos veículos, o que pode comprometer o funcionamento do elevador de acessibilidade – mesmo que o ônibus tenha saído da garagem em perfeito estado.

Infiltrado no plenário – A CPI teve seu momento de “plot twist” nesta segunda. Após ser citado por Paulo Vitor, descobriu-se que Leonardo Dias Marcelo, diretor administrativo do consórcio, assistia à oitiva desde o início, incógnito no público. Ninguém sabia que aquele “ouvinte discreto” ocupava cargo estratégico e tinha informações cruciais sobre o sistema de bilhetagem.

Convocação adiada – Assim que o "estranho no ninho" foi identificado, a relatora Ana Portela (PL) pediu sua convocação imediata. O presidente da CPI, Lívio Viana (União Brasil), acatou e colocou o pedido em votação. Leonardo, pego de surpresa, recusou a fala, alegando não estar preparado e sem os documentos necessários. Agora, longe dos bastidores, deve retornar à CPI com data marcada – dessa vez, como personagem principal.

Por falar em ônibus... – As 81 linhas escolares que atendem estudantes da zona rural de Campo Grande ficaram paradas nesta segunda-feira (9). O motivo: dois meses sem pagamento da Prefeitura. A secretaria responsável tentou suavizar, alegando “problemas técnicos”, mas no fim da tarde, um dos motoristas confirmou o que já se comentava nos bastidores – o serviço parou por falta de repasse. “Não podia ter chegado a esse ponto, da gente ter que parar”, desabafou. Enquanto isso, quem mais sofre é o aluno, sem transporte e sem aula.

Cidadãos regionais – Durante a 5ª etapa do Ciclo COParente, na aldeia Buriti, em Dois Irmãos do Buriti, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, e o secretário-executivo da pasta, Eloy Terena, foram homenageados com o título de cidadãos buritienses. A honraria foi entregue por uma comitiva de vereadores locais, em reconhecimento ao trabalho da dupla em prol dos povos originários.

Caravana rumo à COP – No mesmo encontro, Guajajara reforçou a importância da articulação indígena para formar a delegação brasileira que irá à próxima Conferência do Clima, em Belém. Cerca de 500 indígenas devem compor o grupo que atuará diretamente nas negociações da zona azul, onde são tomadas as decisões globais. Para a ministra, os povos indígenas são “a última fronteira” contra as mudanças climáticas, por sua relação ancestral com os territórios que preservam.

Mais 250 mil na conta - O violeiro Almir Sater abocanhou mais um cachê generoso com recursos públicos: R$ 250 mil por uma apresentação de 1h30 durante o “Encontro do Colégio de Presidentes dos Tribunais Regionais”, realizado no último dia 6 de junho, em Bonito (MS). A contratação foi feita sem licitação, sob justificativa de exclusividade da empresa Sater & Sater  e integra o projeto “Ações Culturais Para o Fortalecimento de Mato Grosso do Sul”.

Não é o Fábio Júnior - Claro que Almir é uma estrela, mas é incrível como quem tá começando pena com cachê bem mais tímido. A dupla Fábio e Júnior, por exemplo, ganhou só R$ 10 mil para duas horas de apresentação na Festa do Laço Comprido de Itaporã.

Em julgamento – Nos próximos dias, deve sair a decisão dos técnicos do EPE (Escritório de Parcerias Estratégicas) sobre o recurso apresentado pela XP Investimentos contra a K-Infra, empresa integrante do consórcio que apresentou a melhor proposta no leilão da Rota da Celulose. A XP alega que a K-Infra não tem qualificação técnica, já que teve decretada a caducidade de uma concessão na Rodovia do Aço (RJ) por descumprimento contratual. A defesa foi apresentada na sexta-feira, e agora resta aguardar o desfecho: se o certame seguirá com a atual vencedora ou se haverá mudança no processo.

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