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Por mais “fiéis”, até PT abre evento com culto

Fernanda Palheta e Anahi Zurutuza | 24/02/2020 06:00
Grupo ora antes da abertura de evento dos 40 anos do PT em Campo Grande (Foto: Vídeo/Reprodução)
Grupo ora antes da abertura de evento dos 40 anos do PT em Campo Grande (Foto: Vídeo/Reprodução)

Culto - O evento de aniversário do PT chamou atenção pela forma como começou. Diferente da maioria dos atos do partido, antes da fala das lideranças, uma oração evangélica. Os fiéis subiram ao palco e em um círculo com pelo menos 20 pessoas começaram o culto. O momento foi marcado por Bíblia levantada para o céu, orações em voz alta e evangélicos erguendo a mão pedindo benção.

Aproximação – Durante discurso, o ex-ministro da Secretaria Geral durante o governo Lula, Gilberto de Carvalho, comentou o momento. “Para muitas pessoas, a oração no início do evento foi estranha, mas o PT é o partido da diversidade e da diversidade espiritual também”, justificou. O ex-ministro admitiu que esta é forma do partido voltar a se aproximar do povo. “E o povo está nas igrejas evangélicas da periferia”.

De volta - Depois de atuar no primeiro escalão por três anos no governo de Zeca do PT e deixar o Estado para ser secretária municipal de Londrina, cidade do Paraná, a deputada estadual e presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, voltou a Mato Grosso do Sul no último sábado (22). “É um prazer muito grande voltar ao Mato Grosso do Sul. Morei aqui por muito tempo e tenho um carinho muito grande pelo Estado e nunca tinha conseguido retornar”, lamentou.

18 anos - Segundo ela, viagem para a participação na comemoração dos 40 anos do partido foi a primeira que voltou às terras sul-mato-grossenses em 18 anos. “Fazem 18 anos que eu não vinha aqui. Eu sei disso certinho pela idade do meu filho porque eu sai daqui grávida e hoje ele tem 18, eu nunca vou me perder nessa conta”, calculou. A visita do Estado durou apenas um dia.

Desencontro - Durante a manhã de agendas em Campo Grande, a presidente nacional do PT foi acompanhada por diversas lideranças regionais, como o deputado estadual e pré-candidato a prefeito de Campo Grande, Pedro Kemp, deputado federal, Vander Loubet e o presidente estadual do Partido e presidente da Câmara de Vereadores de Coxim, Vladimir Ferreira, mas não encontrou Zeca do PT. Em sua fala no evento de aniversário ela comentou que esperava consegui encontrar “o amigo”.

Sábado de Carnaval - O evento de comemoração dos 40 anos do PT na manhã do sábado de Carnaval lotou o auditório da Fetems (Federação dos Trabalhadores em Educação de Mato Grosso do Sul) e surpreendeu Gilberto de Carvalho. “Eu ainda falei pra Gleisi: sábado de Carnaval sair de casa para ir a Mato Grosso do Sul?”, contou. “Mas valeu a pena”.

Partido artificial - Na breve passagem por MS, Gleisi criticou a articulação do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para a criação do Aliança pelo Brasil. “Operação que estão fazendo para criar esse partido é ilegal, nós inclusive já fizemos uma reclamação formal sobre isso que está se utilizando dos cartórios para facilitar filiação, dentro dos templos, é um partido que não tem relação social, é um partido cartorial. Ele vai criar para ter um instrumento, como ele tem muito dinheiro e apoio nesse sentido, é possível que consiga. Mas é um partido artificial”, disse.

Por aí – A ação de PM (Polícia Militar de Mato Grosso do Sul) para por fim definitivo ao Carnaval de rua, na madrugada deste domingo (23), foi parar nas redes sociais de deputados, da situação e da situação no Congresso. Alencar Santana Brada (PT-SP) e Glauber Braga (Psol-RJ) criticaram. Loester Carlos (PSL-MS), por sua vez, parabenizou os policiais.

Truculência – Os parlamentares de esquerda publicaram mensagem dizendo que a PM atacou violentamente os foliões. O texto lembra que há quatro anos a situação se repete em Campo Grande, diferente de outras cidades brasileiras, onde a folia não tem hora para acabar. “O Carnaval ao povo pertence. Exigimos respeito”, diz o post que os dois compartilharam.

Parabéns – Já o deputado governista elogiou a ação. “Meu apoio incondicional aos nossos policiais honestos do Mato Grosso do Sul”, declarou. “Fazer a desobstrução de uma via e ser recebido com pedras e garrafas, deve sim reagir à altura para cumprir a missão”, completou.

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