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Jogo Aberto

Prisão por morte em acidente teve aplauso à polícia

Marta Ferreira e Tainá Jara | 17/12/2019 06:00
A camionete envolvida no acidente e os socorristas que foram ao local na madrugada de domingo. (Foto: Ailton Cezário)
A camionete envolvida no acidente e os socorristas que foram ao local na madrugada de domingo. (Foto: Ailton Cezário)

Comoção – A cena do acidente de trânsito que provocou a morte de Matheus Oliveira dos Santos, de 24 anos, no domingo (15), foi de muita emoção, principalmente revolta. Com 12 envolvidos, sete em um veículo e quatro no outro, juntou gente no entorno do local onde estavam os carros, na Avenida Três Barras, como não poderia deixar de ser.

Pressão – Houve muita tensão até que o motorista considerado causador da tragédia, o desenhista Raphael Antunes de Carvalho, de 37 anos, fosse preso em flagrante pela polícia, depois de negar-se a fazer teste do bafômetro. Neste momento, revela o auto de prisão encaminhado à Justiça, quem estava presente aplaudiu as equipes das forças de segurança.

Polêmica, mas “certa” – Mas a pressão da opinião pública, comum em casos do tipo, não foi suficiente para convencer a juíza do plantão, Luciane Buriasco Isquierdo, a manter o motorista preso. Ela aplicou o entendimento legal de que ele não oferece risco à sociedade e, por não ter condições financeiras, poderia responder em liberdade sem pagar fiança. Para especialistas ouvidos pelo Jogo Aberto, embora desagrade os leigos, está tudo certo.

“Lei frouxa” – Presidente da Associação Sul-Mato-Grosense dos Membros do MP), o promotor Romão Ávila Milhan Junior, é um dos que explicou que o entendimento da magistrada está de acordo com as determinações legais. Fazendo questão de não apontar esse caso como exemplo direto, o promotor afirmou, porém, que as leis brasileiras, ao longo das décadas, em vez de incentivar o combate ao crime, estão cada vez mais estimulando a impunidade.

"Atraso" - Lembrou, por exemplo, da mudança feita no mês passado pelo STF (Supremo Tribunal Federal) em relação ao cumprimento de pena após decisões de segunda instância. “Estamos na contramão da história”, avaliou.

Fez bem – Para quem está do outro lado do balcão, o entendimento da magistrada foi motivo de elogio. “Embora gravíssimo o fato, liberdade é a regra quando de um processo criminal, ainda mais no caso, em que ainda não se tem uma denúncia formalizada pelo MP, o que não o impedirá de pedir a prisão, quando da apresentação da petição no Fórum”, afirmou o advogado André Borges.

Argumento – Outro criminalista, José Roberto da Rosa, observou que o crime atribuído ao desenhista, homicídio culposo agravado pela embriaguez, tem pena de no máximo quatro anos, além de ele ser réu primário. Outro ponto apontado por ele como positivo é que os juízes, em sua avaliação, estão procurando decidir com mais técnica do que levando a opinião pública em consideração.

Trio - O prefeito Marquinhos Trad (PSD) participou ontem (16) de evento em comemoração aos 40 anos da Justiça Eleitoral em Mato Grosso do Sul, ao lado do irmão, senador Nelsinho Trad (PSD), e do governador Reinaldo Azambuja (PSDB).

Bíblico - Sobre 2020, ele voltou a desconversar em relação a apoios para a reeleição e disse que confia mesmo é em Deus. “O que me deixa forte é Deus. E ele determinar, nenhuma porta vai se fechar.”

Céu e inferno - Sobre eventuais críticas, Marquinhos também recorreu aos céus. “Não dá para esperar na terra uma vida como nos céus. Aqui vai ter sinais furados no trânsito, homicídios”, comentou.

Ninja - Durante a solenidade no Tribunal Regional Eleitoral, a agilidade do juiz substituto José Eduardo Cury livrou o músico Marcelo Loureiro do prejuízo. O violão utilizado em apresentação quase caiu ao ser colocado no pedestal. O acidente foi evitado pelo magistrado, que pegou o instrumento no ar e recebeu palmas da plateia.

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