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Jogo Aberto

Sérgio Cabral não é "bem vindo" em presídio de MS

Marta Ferreira | 25/10/2017 06:00

Logo aqui? Tudo indica que o ex-governador do Rio de Janeiro, preso por corrupção, será um dos mais novos presos ilustres da penitenciária federal de Campo Grande. Mas nos corredores do presídio, a informação causou, ao mesmo tempo, surpresa e preocupação.

Não tem perfil – A coluna apurou que nos corredores do presídio, o entendimento é que Cabral “não faz o tipo” dos presos que cumprem pena no local, definidos como “gente da pesada”. Existe, inclusive, um temor pela segurança do ex-governador.

Porquê? – A unidade, criada justamente para receber criminosos considerados mais perigosos, tem um sistema em que eles ficam apenas 2 horas fora da cela. Pelo que a coluna apurou, o temor entre os agentes é justamente com esse curto período de convivência entre criminosos de alta periculosidade e um preso do "colarinho branco".

Famosos – O presídio recebe, frequentemente, moradores “ilustres” como Fernadinho Beira-Mar, que teve até festa de casamento na unidade penal, ou ainda o narcotraficante colombiano Juan Carlos Abadía. Hoje, abriga de suspeitos de envolvimento com terrorismo durante as Olímpiadas a chefes de facções criminosas.

Líder de matança – Está em uma das celas do local, por exemplo, José Fernando Barbosa, o “Pertuba”, um dos chefões da facção criminosa Família do Norte, considerada o terceiro maior grupo criminoso do País. Em setembro deste ano, inquérito policial concluiu que, de Campo Grande, Perturba ordenou a morte de rivais no Amazonas. A polícia atribui mais de 50 mortes à facção.

CV – Líderes do crime no Rio de Janeiro também estão entre os “hóspedes” do presídio federal. No momento, quem está lá é Davi da Conceição Carvalho, apontado como um dos poderosos do tráfico nos morros cariocas. Ele veio para Campo Grande depois do resgate cinematográfico do traficante conhecido como Fat Family, de dentro de um hospital.

Escolinha do professor - Neste caso, a escola era a Câmara Municipal e quem 'comandava' era o presidente da Casa, João Rocha (PSDB), que, não por acaso, também é professor. Durante a sessão de ontem, ele precisou explicar aos vereadores, algumas vezes de forma bem didática, a forma como deveriam votar as proposições que estavam sendo analisadas.

"É um exercício" - Entre perder um pouco a paciência e ao mesmo tempo achando um pouco de graça, o presidente tenta dizer, na hora da votação sobre pareceres de projetos, que os parlamentares tinham de votar 'sim' se quisessem arquivar determinada medida e 'não' se optassem por dar continuidade à tramitação.

Prestem atenção - Mesmo com o 'ensinamento', algumas confusões ocorreram. Por exemplo, um vereador autor de uma medida se confundindo com as indicações e votando contrário à sua própria proposta. A distração e confusão resultaram em risadas dos demais parlamentares.

Na gaveta - O deputado estadual Pedro Kemp (PT) adiou de novo seu parecer sobre o projeto inspirado no movimento Escola sem Partido. Apesar de dizer que vai votar contra, no momento está "cozinhando" a matéria na CCJR, no qual é relator.

(Com Mayara Bueno e Leonardo Rocha)

 

 

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