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Jogo Aberto

Tentando explicar a inexplicável caixa preta da Assembleia

Waldemar Gonçalves | 02/11/2016 07:00

Sete chaves – Nada como um feriado no meio de um escândalo para ajudar. Dependendo do ponto de vista. Pelo menos no que se refere à ‘caixa preta’, trancada a sete chaves, das contratações na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. “Dados oficiais? Ah, só quinta-feira”, respondem, entre uma ou outra desculpa, assessores da casa.

Ensinando – O Campo Grande News tentou, ontem, obter informações da Assembleia sobre quantos funcionários estão lotados nos gabinetes de cada um dos 24 deputados estaduais. Principalmente o de Paulo Corrêa (PR), gravado “ensinando” o colega Felipe Orro (PSDB) a fraudar a folha de ponto de seu pessoal.

Inexplicável – Em uma tentativa desastrosa de explicar o inexplicável, Paulo Corrêa disse, entre outras coisas, que mantém 25 funcionários lotados em seu gabinete. Segundo fontes da Assembleia, no entanto, seus nomeados chegam a 40, no que seria um privilégio dele e de Orro, inclusive, também sem explicação até agora.

Mundo paralelo – Por fim, dados oficiais sobre esta espécie de ‘mundo paralelo’ em que vive a Assembleia Legislativa, disseram ontem à reportagem, só serão divulgados depois de submetidos à mesa diretora. Em resumo, uma demonstração de como ignorar o princípio da transparência pública.

Paz – Uma antes distante paz entre os poderes Executivo e Legislativo de Campo Grande teve seu primeiro passo ontem, com a visita de Marquinhos Trad (PSD) à Câmara Municipal. Os vereadores eram só elogios à postura do prefeito eleito da Capital.

Diferenças – O vereador Mario Cesar (PMDB) fez questão de apontar a diferença entre as atitudes de Marquinhos e o atual prefeito, Alcides Bernal (PP), nos primeiros dias após serem eleitos. Enquanto o sucessor busca parceria entre os poderes, o outro começou atacando a casa.

Transição – Mario Cesar destacou também a atitude do novo prefeito em convidar a Câmara para participar da equipe de transição. Demonstração, segundo o vereador, de que não houve mágoa ou ressentimento do novo prefeito remanescente da disputa eleitoral.

Relacionamento – Antes da reunião com os vereadores, Marquinhos voltou a destacar que nunca teve problema de relacionamento com nenhuma pessoa. “Sempre fui atencioso, simples e calmo. É conversando que a gente se entende. Comunicação e diálogo, para mim, nunca faltou”.

Presidência – Com a posse dos vereadores novos e reeleitos em 1º de janeiro de 2017, logo em seguida deve haver a eleição da presidência da Câmara Municipal para a próxima legislatura. De acordo com João Rocha (PSDB), atual presidente, o melhor cenário seria o consenso.

Parlamento – A mudança de mais da metade da composição da casa pode não ser um grande obstáculo. João Rocha diz que as conversas já começaram “faz tempo”. Afinal, completa o vereador, dialogar é a principal função de um parlamento.

(com Leonardo Rocha, Ricardo Campos Jr. e Richelieu de Carlo)

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