Toda vez que esquecem o "do Sul", turismo leva um soco

Soco institucional - A gafe é um murro no estômago do sul-mato-grossense e nem o poder maior poupa o Estado. Ontem, em nota no canal oficial do Governo Federal sobre acidente aéreo em Aquidauana, a informação passada foi de queda "no Mato Grosso". Pode parecer detalhe diante de uma tragédia como a morte de 4 pessoas, mas toda vez que isso ocorre, o turismo de Mato Grosso "do Sul" chora pela informação errada sobre a localização do Pantanal.
Marcha com Riedel - O deputado estadual Pedro Pedrossian Neto (PSD) confirmou que todos os membros do partido, incluindo o senador Nelson Trad Filho e o vice-governador José Carlos Barbosa, o Barbosinha, já se reuniram para avaliar como vão colaborar na campanha à reeleição do governador Eduardo Riedel (PP). “Nós discutimos sobre o futuro do partido e vamos ter uma conversa com o governador para ver de que maneira o PSD pode servir nesse arco de aliança.” A reunião com o governador ainda não tem data.
Ação criminal - A vereadora Luiza Ribeiro (PT) anunciou que ingressará com representações criminais no MPE (Ministério Público Estadual), MPF (Ministério Público Federal), MPT (Ministério Público do Trabalho) e TCE (Tribunal de Contas do Estado) contra dirigentes do Consórcio Guaicurus, a prefeita Adriane Lopes (PP) e diretores da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) e da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande).
Passageiros em risco - Segundo ela, a medida tem como base o relatório da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Transporte Coletivo, que apontou descumprimento do contrato de concessão, frota sucateada, ausência de seguro obrigatório e superlotação, expondo passageiros a riscos. “É inadmissível que a população pague caro para ser transportada em ônibus sucateados, sem segurança, sem conforto e sem dignidade. É preciso responsabilizar civil, criminal e administrativamente todos os envolvidos”, disse a parlamentar.
Só vetos - Os vereadores analisam hoje três vetos do Executivo, porque “meteram o dedo” de novo onde não são chamados. O primeiro é sobre o Projeto de Lei que trata da saúde do jovem, que obrigava testagem rápida de IST (infecções sexualmente transmissíveis), distribuição de preservativos em eventos da prefeitura e materiais informativos. A prefeita vetou sob a alegação de invasão de competência.
Sem orçamento - Outra proposta barrada criaria o programa de mobilidade Campo Grande Para Todos e um fundo específico. A alegação para o veto foi vício de iniciativa e falta de estimativa de impacto financeiro, algo recorrente em projetos aprovados pelos vereadores. Também foi vetado integralmente o PL de transparência nas licitações, sob o argumento de que o Portal da Transparência já resolve.
Novo Prodes - O presidente da Câmara, vereador Epaminondas Vicente Neto, o Papy, voltou a defender a modernização do Prodes (Programa de Incentivos para o Desenvolvimento Econômico e Social) durante o workshop Diálogos Empresariais, promovido pela Prefeitura em parceria com o SENAI/MS (Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial). Ele pediu mudanças para ampliar a exploração de áreas públicas com base em uma política estruturada. Só no mês passado, a Prefeitura enviou sete projetos ligados ao programa.
Lula na gringa - A bancada petista em Mato Grosso do Sul repercutiu a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva no evento da ONU (Organização das Nações Unidas) e, principalmente, o elogio de Donald Trump. “Até o Trump teve que se render aos belos olhos do Lula”, disse Gleice Jane. “Eu conheço o Lula. Ele é uma pessoa bastante encantadora, simples, convincente e carismático”, avaliou José Orcírio Miranda, o Zeca.
Mas espera aí - Pedro Kemp avaliou que essa reunião não deve ser presencial, mesmo com a sinalização positiva. “Tem que ter muito cuidado com essa reunião que será marcada, pois o receio é que aconteça como ocorreu com Volodymyr Zelensky [presidente da Ucrânia].” Já o deputado de oposição, João Henrique Catan (PL), disse que o tradutor do presidente americano não funcionou e que esse diálogo nem existiu. “Eu acho extraordinário o diálogo, mas me pareceu uma sátira. O que importa é que o Trump chamou o Lula para a mesa de negociação e ele não quer.”
Avaliada - Em 2019, quando ainda presidia o Instituto Municipal de Previdência de Campo Grande, a atual vice-prefeita Camilla Nascimento (Avante) teve as contas aprovadas pelo TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul), mas com ressalvas importantes: faltaram documentos obrigatórios, o plano de amortização do déficit atuarial não saiu do papel e parte dos investimentos não seguiu as regras. Oficialmente, as contas foram aprovadas, mas o registro das falhas ficou carimbado no acórdão.