Antigo Hotel Campo Grande quer brigar pelo posto de "mais luxuoso"

Após 23 anos fechado, o antigo Hotel Campo Grande está com mais de 90% das obras concluídas e deve ser reinaugurado em dezembro deste ano. Com 13 andares e 930 janelas, o prédio, um dos maiores símbolos da hotelaria sul-mato-grossense, reabre agora sob a bandeira da rede paranaense como Slaviero Hotel Campo Grande. Para a maioria dos campo-grandenses, porém, ele continua sendo simplesmente o Hotel Campo Grande, título que, nesta nova fase, pretende disputar como o mais luxuoso da cidade.

O prédio, construído entre 1965 e 1970, foi durante décadas referência em hospedagem e cartão-postal do Centro. Hoje, depois de duas décadas, vai reabrir com roupagem mais moderna.

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“A ideia era abrir final de outubro, mas adiamos para o começo de dezembro. Já está tudo muito avançado. Até os móveis já chegaram”, contou o empresário e pecuarista Wagner Monteiro Borges, que comprou o hotel em 2022 por R$ 15 milhões.

De lá para cá, Wagner não economizou. Só em obras e reformas já foram aplicados R$ 35 milhões. Somados à compra do prédio e de um imóvel vizinho, onde será feito um segundo estacionamento, o investimento chega à marca de R$ 60 milhões.

O novo estacionamento, com cerca de 150 vagas, ocupará o espaço onde funcionava o antigo Shopping, também adquirido por ele. “Uma novidade é que aqui vai ser o primeiro hotel com espaço kids, brinquedoteca e até fliperama para as crianças. Também teremos uma academia. Temos que modernizar, trazer diferencial”, comenta Wagner.

Cerca de 90% da estrutura do prédio foi mantida, no entanto, tudo foi modernizado. “Entramos agora na parte de acabamento, com pintura, revestimento cerâmico, iluminação. A obra está em torno de 90% concluída e a previsão é finalizar nos próximos dois, três meses para inaugurar ainda este ano”, explicou Bruno Cueva, engenheiro responsável pela obra.

Ao todo, foram restauradas todas as 930 janelas e refeitos os sistemas hidráulico e elétrico. Os detalhes também são vistos no forro, piso, revestimentos e até em carpete acústico nos corredores e portas emborrachadas para evitar ruídos.

O hotel terá 135 quartos em 10 mil m², com opções que vão do padrão simples aos apartamentos de luxo. Quartos simples terão cerca de 35 m² e suítes com até 70 m², equipadas com sala de estar, jantar e banheira de hidromassagem. Todos terão TV, frigobar, escrivaninha e ar-condicionado.

No térreo, ficarão recepção, restaurante, bar, cozinha industrial, jardim de inverno, além de auditório para 200 pessoas e salas de reunião moduláveis.

As diárias vão variar conforme a ocupação, com preços entre R$ 400 e R$ 600. “É um ticket variável, mas com certeza será competitivo. Vem para disputar com os melhores. Eu gosto da concorrência, cada um tem que trabalhar para oferecer o melhor”, avalia Wagner.

Com previsão de empregar diretamente cerca de 70 pessoas, além de movimentar serviços indiretos, o hotel é visto pelo dono como suporte na revitalização do Centro. “Vai girar a economia da cidade. Campo Grande recebe muita gente, e precisa de um hotel assim", acredita Wagner.

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