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Arquitetura

Casal arruma casa colorida e musical, para ter a vida dos sonhos em Campo Grande

Seguindo o princípio "faça você mesmo", Gabriela e Felipe conseguiram deixar a casa, na Piratininga, super convidativa

Thailla Torres | 03/02/2018 07:05
Ao lado do sofá, rede é convite para que todo mundo se sinta à vontade na casa. (Foto: André Bittar)
Ao lado do sofá, rede é convite para que todo mundo se sinta à vontade na casa. (Foto: André Bittar)

Quando a empresária Gabriela Kawami Fernandes, de 33 anos, casou com Felipe Faia Fernandes, de 34, não demorou muito para dividirem o mesmo teto. De São Paulo, escolheu Campo Grande para viver pelo sossego e os descobriram em uma casa antiga, no Bairro Piratininga, a chance de ter as cores que a vida paulistana não permitia.

"A gente estava de saco cheio e a casa onde a gente ia morar desabou. Então, aproveitamos a vontade de mudança e a experiência de amigos que já viviam aqui, para mudar de vez", conta Gabriela

Morando de aluguel, no início, umas voltas pela periferia revelou um achado. O lugar é antigo, em um terreno de 800 m², todo gramado e com duas palmeiras gigantes na porta, que hoje, são moradia das araras.

Para quem vivia só com o cinza, o colorido fascinou logo de cara e fez o casal escolher a casa sem imaginar o que tinha dentro. "Em São Paulo, a gente olhava da janela e só enxergava os prédios, aqui não. Quando o Felipe viu a fachada, ficou apaixonado". 

Felipe, Gabriela, o gato e o cachorro, uma família feliz. (Foto: André Bittar)
Felipe, Gabriela, o gato e o cachorro, uma família feliz. (Foto: André Bittar)

Inclusive, a proposta dos antigos donos era manter a natureza por perto. "Eles também eram da fazenda e buscaram trazer esse ar do campo para o quintal de casa", diz ela.

Apesar de bastante convidativo, o lugar ainda não estava do jeito que o casal sonhava. Então, Gabriela e Felipe fizeram alguns ajustes para que a casa nova se tornasse mais agradável. E para isso, não foi preciso uma longa reforma, nem muito investimento, bastou vontade e referências para transformar cada canto.

Gabriela exibe a sala, o lugar preferido do casal e amigos. Para dar vida ao ambiente foi preciso escolher uma parede inteira para receber cores. O azul, preferido de Gabriela, surgiu como primeiro passo para a mudança. Aliado a isso, o jeito foi trocar o piso antigo, desgastado, por um revestimento de porcelanato que imita madeira e deixou espaço mais aconchegante, acredita a empresária.

A decoração surgiu de forma ainda mais intuitiva, cheia de afetos. Música e família foram as principais referências para preencher os cômodos. "Nesta sala, cada coisa tem uma história. Os quadros, na maioria, são de bandas e músicas que a gente gosta. Eu e Felipe nos conhecemos em São Paulo através da música e hoje temos um bar na cidade", conta.

Não é à toa que Felipe mudou os hábitos. "Eu que nunca gostei de ser um cara caseiro, hoje o lugar que mais amor estar é a nossa casa", afirma.

Lembrança dos avós de Felipe. (Foto: André Bittar)
Lembrança dos avós de Felipe. (Foto: André Bittar)
Relíquias da vovó de Gabriela. (Foto: André Bittar)
Relíquias da vovó de Gabriela. (Foto: André Bittar)
Porcelana pintada a mão, tem mais de 100 anos.
(Foto: André Bittar)
Porcelana pintada a mão, tem mais de 100 anos. (Foto: André Bittar)
Mala que o avô de Gabriela usou para vir do Japão (Foto: André Bittar)
Mala que o avô de Gabriela usou para vir do Japão (Foto: André Bittar)

Em uma das divisórias, onde está a mesa de jantar, o casal mostra que objeto do passado ainda faz toda diferença na decoração. Uma delas é a máquina de costura que pertencia a avó de Gabriela. "Tem mais ou menos 60 anos. Ela costurava e amava essa máquina. Não há porque se desfazer".

Em outro bancada, a mala antiga, de palha, destoa. Herança que ficou em memória do avô que partiu antes de Gabriela conhecer. "Essa mala, ele usou quando veio do Japão para o Brasil. Não o conheci, mas é a grande e única lembrança que eu tenho dele, é importante".

Na mesa surge até um objeto centenário. "Esse prato, de porcelana, era da minha bisavó. Ele foi pintado à mão no Japão e tem mais de 100 anos. Foi deixado com a minha avó, depois passou nas mãos da minha tia e agora está comigo".

Assim como o rádio de aproximadamente 70 anos que carrega a história do avô de Felipe, mais uma relíquia que virou herança dentro de casa.

Do lado de fora a decoração continua cheia de achados, além das redes, item que Felipe conquistou uso só em Campo Grande. "Em São Paulo era muito apertado, eu nunca consegui ter uma rede na varanda ou no meio da sala, só aqui".

Na varanda, mais uma vez, a antiguidade dá as caras. Dessa  vez é um refletor, usado nas gravações do filme "Bingo – O Rei da Manhã". "Meu cunhado é colecionador de antiguidades e esse refletor ele comprou de Hollywood.  Neste filme ele foi cinegrafista e alugou quase uma sala inteira de objetos para as filmagens. Uma delas foi esse refletor, que depois ele nos deu de presente", diz Gabriela.

Simples e cheia de personalidade, assim o casal conseguiu transformar a casa que diariamente traz felicidade aos 'forasteiros' que chegaram em busca de uma vida sossegada.

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Refletor usado nas gravações do filme "Bingo – O Rei da Manhã". (Foto: André Bittar)
Refletor usado nas gravações do filme "Bingo – O Rei da Manhã". (Foto: André Bittar)
Area Gourmet no estilo "Faça você mesmo". (Foto: André Bittar)
Area Gourmet no estilo "Faça você mesmo". (Foto: André Bittar)
Quintal da frente, com muito verde e ávores frutíe(Foto: André Bittar)
Quintal da frente, com muito verde e ávores frutíe(Foto: André Bittar)
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