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Arquitetura

Cozinha em tons escuros é salvação para quem mora sem asfalto

Bairro ainda tem ruas sem asfalto, e com materiais mais escuros em casa, os donos sobrevivem melhor à paranóia da limpeza

Thailla Torres | 13/05/2020 07:05
Antes de adquirir o imóvel no bairro Rita Vieira, ela já tinha em mente tudo o que poderia criar e acrescentar nos espaços vagos.
Antes de adquirir o imóvel no bairro Rita Vieira, ela já tinha em mente tudo o que poderia criar e acrescentar nos espaços vagos.
Antes: esse era o espaço gramado pouco utilizado. 
Antes: esse era o espaço gramado pouco utilizado.

Há 10 anos, Emily Streck se encontrou na arquitetura e se diz uma apaixonada por reforma, pelo impacto do antes e depois e como a arquitetura tem o poder de transformação a cada projeto que vai além da estética. Com a própria casa não poderia ser diferente. Antes de adquirir o imóvel no bairro Rita Vieira, ela já tinha em mente tudo o que poderia criar e acrescentar nos espaços vagos. Assim o espaço gramado aos fundos que no dia a dia pouco servia, virou um ambiente que faltava para a arquiteta receber os amigos e ter uma cozinha gourmet espaçosa.

“Pensei que precisava aproveitar cada cm² daquele espaço para ser útil no meu dia-a-dia, precisava me sentir confortável para receber amigos, cozinhar e conversar... Tudo no mesmo ambiente”, conta.

Uma área total de 33 m² somou-se à casa com cozinha e uma varandinha lateral, que comportam bem os convidados em dias de casa cheia. Emily usa o ambiente para tudo. Desde o café da manhã, até o jantar. “Também um tereré no fim de tarde, até uma confraternização de Natal com toda família. Sem dúvidas é o ambiente mais utilizado da casa”.

Toda estrutura do ambiente foi feita em ferro, isso facilitou e acelerou o processo da obra. Não há laje, ou seja, a arquiteta garantiu uma construção rápida, leve e com pouquíssimos materiais. Foram aproximadamente dois meses até tudo ficar pronto.

O maior desafio foi definir o próprio gosto. Emily sempre amou o pretinho nada básico, mas diz que na arquitetura há certa resistência com uso da cor em determinados ambientes. “Percebo isso com meus clientes”, diz.

O bairro Rita Vieira ainda tem muitas ruas sem asfalto, o que traz muita poeira para a região, com materiais mais escuros os donos sobrevivem melhor às paranoias de limpeza, explica a arquiteta.
O bairro Rita Vieira ainda tem muitas ruas sem asfalto, o que traz muita poeira para a região, com materiais mais escuros os donos sobrevivem melhor às paranoias de limpeza, explica a arquiteta.
Emily projetou uma parede frontal inteira em vidro, separando o gourmet do jardim principal.
Emily projetou uma parede frontal inteira em vidro, separando o gourmet do jardim principal.

Mas em casa a escolha foi definida por dois motivos especiais. “Primeiro porque projetei uma parede frontal inteira em vidro, separando o gourmet do jardim principal, e como sabemos o vidro traz certa “frieza”, e isso não é meu perfil, logo, parti para uma proposta de pedra preta com armários em cinza escuro.  Assim consegui equilibrar a delicadeza do vidro, abundância de luz natural e o preto”, explica. O segundo motivo é ainda mais especial. “O bairro Rita Vieira ainda tem muitas ruas sem asfalto, o que traz muita poeira para a região, com materiais mais escuros conseguimos sobreviver melhor às nossas paranoias de limpeza”, diz.

À época do processo de acabamento, até o vidraceiro ficou assustado com a escolha da arquiteta pela cor. “Quando ele viu que os móveis seriam pretos ficou preocupado. Quando voltou para dar manutenção se surpreendeu ao ver como havida ficado leve e agradável a mistura de materiais tão escuros. E ainda virou meu cliente”.

Na planta original a cozinha era localizada ao lado da suíte principal, aonde a arquiteta criou um closet, com isso eliminou a cozinha da casa. “Não via necessidade de criar dois ambientes com a mesma função, por isso, a cozinha é também meu espaço gourmet. E como na maioria das famílias, a cozinha é o coração da casa, criamos junto um espaço de sala de estar, jardim e mesa de refeição”.

Com o gosto pelo verde da natureza no projeto de interiores, Emily casou os tons escuros com as plantas. “Por isso, temos como materiais utilizados o piso imitando cimento queimado, pedra preta, cinza escuro nos móveis, vidro trazendo sofisticação em conjunto com o verde das plantas”.

Veja mais sobre os projetos de Emily no Instagram (clique aqui).

Tem um projeto de arquitetura interessante? Mande para o Lado B no Facebook ou no Instagram. Você também pode enviar sugestões de pauta pelo e-mail: ladob@news.com.br ou no Direto das Ruas através do WhatsApp do Campo Grande News (67) 99669-9563.

Emily usa o ambiente para tudo. Desde o café da manhã, até o jantar
Emily usa o ambiente para tudo. Desde o café da manhã, até o jantar


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