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Arquitetura

Graciosa desde a fachada, o que encanta na casa de tijolinho à vista é a réplica

Paula Maciulevicius | 13/11/2015 06:23
Poucos centímetros à frente, a caixa do correio é a versão mini da residência. (Foto: Fernando Antunes)
Poucos centímetros à frente, a caixa do correio é a versão mini da residência. (Foto: Fernando Antunes)

Poucos centímetros à frente, a caixa do correio é a versão mini da residência. No bairro Vivendas do Bosque, o recuo de calçada e a cobertura do portão em forma de telhado dão a impressão que a casa não tem muro e nem portão. Simpática à primeira vista, foi ali que experimentei deixar um bilhetinho dizendo o quanto o estilo havia me encantado. Dias depois recebi o retorno da família, que descreve aqui porque escolheu morar assim.

Quem vive ali? A família de seu Nelson Lima de Melo, de 49 anos, empresário do ramo de imóveis, nascido em São Paulo, mas residente em Campo Grande há mais de uma década. Só ali, já se passaram 17 anos. A casa de 400m² foi comprada pelo casal quando ainda estava na metade e eles que terminaram. Foram oito meses até chegar no detalhe da caixinha de correio.

Foi ali que experimentei deixar um bilhetinho dizendo o quanto o estilo havia me encantado. (Foto: Fernando Antunes)
Foi ali que experimentei deixar um bilhetinho dizendo o quanto o estilo havia me encantado. (Foto: Fernando Antunes)

Por que juntar tijolinho à vista com a madeira? "Para ter um estilo colonial e essa madeira, hoje é mais nobre ainda, é tudo de ipê", explica o dono. A casa toda tem detalhes em madeira. Do piso, escadaria, corrimão às colunas da área de lazer. E com o tempo a gente descobre que a madeira não é só para reforçar o estilo e sim uni-lo à uma saudosista lembrança.

"A madeira é como herança nossa. Meu pai trabalhava com madeira em São Paulo, tem muitos anos isso", completa Nelson. E a manutenção? Na parte externa de seis meses a um ano, se lixa a madeira e pinta. Já o piso interno, aguenta até cinco anos. "Faz o mesmo procedimento e parece que fica novinho", diz o dono.

Desde 1998 que as correspondências chegam assim: pela réplica da casa, construída no gramado. "Na verdade a gente queria fazer alguma coisa diferente do que geralmente é feito, que é de ferro", conta Nelson. Em duas ocasiões, batidas de carro acabaram com a casinha, reconstruída posteriormente.

"Fizemos de novo e valeu à pena, porque é diferente", reconhece.

Janela da garagem para a sala de estar. (Foto: Fernando Antunes)
Janela da garagem para a sala de estar. (Foto: Fernando Antunes)
Sala de jantar é um convite para passar a tarde. (Foto: Fernando Antunes)
Sala de jantar é um convite para passar a tarde. (Foto: Fernando Antunes)
No cantinho, o charme da cadeira de balanço. (Foto: Fernando Antunes)
No cantinho, o charme da cadeira de balanço. (Foto: Fernando Antunes)

O estilo, a ideia e a inspiração veio da estrada. "Você vai fazendo viagens e vai observando, descobrindo, tendo a visão", compara Nelson. O telhado da caixinha, que se assemelha a um chalé, tal qual a entrada, vem da Europa. "Para não juntar neve, se faz assim, ela cai e escorre, não acumula", explica.

Por dentro, são quatro pisos. O pé direito alto, de 8m, permite que a distribuição dos ambientes seja tão aconchegante como a fachada. Quando se entra na casa, se depara com a sala de estar, que divide o nível com a copa e cozinha. Degraus acima, estão duas suítes, do casal e do filho caçula e no último piso, a suíte da filha mais velha. O hall que se formou entre escada e porta foi aproveitado como escritório para a jovem estudar.

Da mesma sala onde se entra, quem desde a escadinha se depara ao ambiente mais acolhedor da casa e justamente o menos aproveitado. A sala de jantar com sofás, que fica em segundo plano, porque na correria do dia a dia, a família prefere fazer as refeições na copa mesmo.

Espaçosa, as mesas e cadeiras também seguem o estilo e são convite para sentar e tomar um café da manhã ou chá da tarde.

Os degraus aparecem de novo e quem caminha por eles chega à área de lazer. Na parte externa, a piscina é acompanhada por uma cascata de pedra e a parte churrasqueira, vem carregada em detalhes de madeira. O caminho até o frescor ou a comida do lado de fora é aberto pela porteira.

"Se a minha casa é a minha cara? Eu acho que sim. Faz parte da gente, do que a gente gosta e sonha", diz Nelson.

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Detalhes da parte dos fundos também tem madeira dominando. (Foto: Fernando Antunes)
Detalhes da parte dos fundos também tem madeira dominando. (Foto: Fernando Antunes)
Pergolado completa a área externa da casa. (Foto: Fernando Antunes)
Pergolado completa a área externa da casa. (Foto: Fernando Antunes)
Porteira se abre ou se fecha dividindo casa da área de lazer. (Foto: Fernando Antunes)
Porteira se abre ou se fecha dividindo casa da área de lazer. (Foto: Fernando Antunes)
De pedra só mesmo a borda da piscina e a cascata. (Foto: Fernando Antunes)
De pedra só mesmo a borda da piscina e a cascata. (Foto: Fernando Antunes)
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