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Arquitetura

Sala de 60 m² vira bar secreto para quem curte se divertir no sigilo

Para manter a discrição e aguçar a curiosidade, é proibido fazer vídeos e fotos dentro do local

Por Idaicy Solano | 08/04/2024 06:32
Em bar intimista inspirado nos bares de Veneza, toda a equipe atende os clientes utilizando máscara (Foto: Henrique Kawaminami)
Em bar intimista inspirado nos bares de Veneza, toda a equipe atende os clientes utilizando máscara (Foto: Henrique Kawaminami)

Uma sala de 60 m² na Rua Euclides da Cunha esconde um bar intimista com capacidade para 25 pessoas. Pensado no conceito “speakeasy”, termo utilizado para descrever um tipo de “bar secreto”, a proposta do Bacaro é oferecer momentos de privacidade para o público que curte se divertir sem alarde e fora das telas.

O termo que inspira o conceito do bar surgiu na década de 20, época em que era proibido vender bebidas alcoólicas em estabelecimentos comerciais. Lá dentro não é permitido fazer fotos e vídeos, pois conforme explica o proprietário Diogo Wendling, 43, a ideia é que o bar permaneça secreto e a divulgação seja de “boca a boca”. “Ninguém vai saber que você esteve aqui, só se você contar”, brinca.

Diogo conta que conheceu o termo “speakeasy” trabalhando como garçom em um bar nos Estados Unidos. Segundo o empresário, em solo americano os bares funcionam como “paraísos” secretos focados em coquetelaria, gastronomia e até mesmo com shows, cabarés e outras atrações destinadas ao público adulto. Para trazer o conceito para Campo Grande, Diogo quis fugir da estética tradicional estadunidense, então buscou referências em uma viagem para Veneza.

Na entrada do bar, simbolo em neon indica que é proibido utilizar câmeras e celulares (Foto: Henrique Kawaminami)
Na entrada do bar, simbolo em neon indica que é proibido utilizar câmeras e celulares (Foto: Henrique Kawaminami)

Ele revela que sempre gostou da estética veneziana, então durante suas andanças em solo italiano, encontrou uma série de bares, todos com um nome em comum: “Bácaro”. Ele embarcou em uma tour por todos os “bácaros” da cidade, e encontrou lá a inspiração que precisava para abrir seu próprio bar secreto na capital sul-mato-grossense.

“Tinha uma exposição de comidas, bruschetta exposta, bacalhau, camarão, um monte de vinho. E aí você ficava meio que em pé ali, como se fosse o nosso boteco mesmo, só que tomando vinho e comendo bruschetta. E aí eu falei, vai ser isso. Vai ser o bacaro do território do vinho. E aí a gente chamou de Il Bacaro del Territorio”, relata.

O caminho até o bar é feito pelo corredor de serviços do restaurante. O cliente passa por um corredor estreito de tijolos, com luzes amarelas baixas. No final do trajeto, o cliente encontra uma porta de tijolos cinzas. Lá, é só tocar o sino e dizer a senha para entrar.

Corredor que os clientes utilizam para acessar o bar, que em uma sala aos fundos do restaurante (Foto: Henrique Kawaminami)
Corredor que os clientes utilizam para acessar o bar, que em uma sala aos fundos do restaurante (Foto: Henrique Kawaminami)

Antes de acessar o local, os celulares são vedados com adesivos, para impedir as pessoas de fotografar e filmar o ambiente. Após subir os dois lances da escada de madeira, o espaço de 60 m² é um mistério que só pode ser desvendado indo visitar o local.

“Aqui, na verdade, você vem para não ser visto. Você tem que curtir muito a pessoa que você tá junto, porque você não tem distrações, você não fica olhando os outros, você não fica olhando o celular”, diz Diogo.

O bar conta com equipe de cinco funcionários, que atendem os clientes utilizando máscaras. Os garçons têm a mesma identidade. Todos têm o nome de Gabriel Capone ou Al Capone, para que os clientes não saibam a identidade deles. O intuito, conforme explica Diogo, é manter o mistério e instigar a curiosidade das pessoas.

Bar tem várias imagens de Veneza, cidade localizada na Itália, utilizadas como decoração (Foto: Henrique Kawaminami)
Bar tem várias imagens de Veneza, cidade localizada na Itália, utilizadas como decoração (Foto: Henrique Kawaminami)

O cardápio oferece drinks, entradas, pratos principais e sobremesas, que variam de R$ 36 a R$ 78. A cartela de drinks é dividida em três eras: antes da proibição [da venda de álcool]; durante a proibição e após a proibição, fazendo alusão à história dos bares secretos, conceito que se consolidou mesmo após a liberação da venda de bebida alcoólica. Qualquer bebida sai pelo valor de R$ 46.

Já no cardápio, o carro-chefe da casa é a Carne Cruda, prato de filé batido na ponta da faca, pastel de queijo Nicola e compota com azeite envelhecido, pelo valor de R$ 78. Outro destaque é o Salmão Glavilax, prato com pão tostado, salmão curado, coalhada e ovas de mujol, pelo valor de R$ 42.

Só é possível visitar o bar por meio de reserva, pois a quantidade de pessoas por vez é limitada. O lugar recebe clientes apenas na sexta-feira e no sábado, das 20h à 1h. Para fazer a reserva, basta chamar no Instagram.

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