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Artes

Amigos na moda, na arte e na fotografia combinam ideias no Estúdio Vespa

Anny Malagolini | 03/04/2013 07:27
Estilos diferente fazem o Estúdio Vespa.
Estilos diferente fazem o Estúdio Vespa.
Estilista trabalha em meio a recortes e arte nas paredes.
Estilista trabalha em meio a recortes e arte nas paredes.

Um novo jeito de fazer arte uniu três amigos com formas diferentes de expressão e em um espaço inesperado, a antiga rodoviária de Campo Grande. Um entrou com artes plásticas, outro com moda, a terceira com fotografia e assim montaram o Estúdio Vespa.

Carlota Philippsen é a fotografa e divide o lugar com o estilista Fábio Maurício e com o artista plástico Ghva. Há oito meses, a amiga e os dois irmãos fazem do estúdio uma das partes mais vivas do prédio.

“A gente faz fetiche, universo mais obscuro, estética conceitual. Combinamos nossas ideias”, resume Carlota sobre a parceria artística considerada por ela uma combinação perfeita entre três elementos “Temos a linguagem parecida e um trabalho leva ao outro. Eles dão a maquiagem e o cenário para eu fotografar”.

Os artistas não dividem apenas o espaço, também avançam juntos em caminhos que podem parecer distintos, mas se entrelaçam. “Fábio sempre me procura e depois me ajuda na questão do figurino. Ele está comigo em todo o processo. E o Ghva na questão do cenário”, detalha a fotografa.

Psicóloga por formação, Carlota executa um trabalho psicossocial na Delegacia de Atendimento à Infância e Juventude. Apesar de parecer distante da fotografia, na concepçao dela, as duas profissões pertencem ao mesmo universo. "Como psicóloga é preciso alimentar o lúdico infantil e isso está relacionado à arte. Além disso, a Psicologia dá um embasamento".

O principal neste conjunto, é a liberdade, diz Carlota. "Escolho o que e com quem eu quero trabalhar. Não sou fotógrafa de eventos, produzo arte, e isso permite minha liberdade criativa”.

Foto de Carlota Philippsen.
Foto de Carlota Philippsen.

Cores - Aos 37 anos, Ghva é um artista plástico reconhecido pela temática indígena e espalha traços pelo salão alugado. Inspira. Com colagens, desenhos, roupas e pop art, os três conseguiram transformar metros quadrados desprestigiados. Escolha feita, justamente, pelo baixo custo do aluguel. “Se a gente estivesse no endereço mais caro da cidade, a Euclides da Cunha, não seria a mesma coisa”, comenta Fábio.

Ele desenha e customiza roupas desde a adolescência, quando ainda morava em Rondônia com o irmão. As peças são novas, mas quando cria, o estilo de brechó é o maior referencial do estilista. “Minha produção é vintage e vou a brechós me inspirar, procurar tecidos. A blusa vira saia e vice versa”, comenta. Uma saia de seda exclusiva, por exemplo, pode custar R$120,00.

Há dez anos ele vive em Campo Grande e vê boas vantagens nisso. “Aqui é rápido começar uma história e em São Paulo sou mais um, por isso vim parar aqui”, conta. Mas com o tempo a coisa mudou. “O que a cidade pode proporcionar já está em um estado de ‘saturamento’”, justifica.

Em setembro, o estilista parte para uma curta temporada em Buenos Aires, de 4 meses. A intenção é procurar tecidos e pesquisar moda. Para aproveitar mais a viagem, Fàbio vai levar algumas peças para vender e pensa alto: “Conto com a sorte, quero fazer um desfile em Buenos Aires”.

Criações de Fábio Maurício...
Criações de Fábio Maurício...
e foto de Carlota.
e foto de Carlota.
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