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Artes

Bombeiro e esposa coreógrafos fazem grupo conquistar pódio em festival

Mesmo sem formação técnica, integrantes uniram a arte e a evangelização para a apresentação

Danielle Valentim | 18/09/2019 09:42
Da esquerda para a direita: Amanda Teixeira, Vitória Antonia, Letícia Velasques, Fernanda Almeida, Pedro Lins (em pé), Matheus Santos, Bruna Voutsas, Diovana Aparecida, Flavia Fantini e Francielly Almeida.
Da esquerda para a direita: Amanda Teixeira, Vitória Antonia, Letícia Velasques, Fernanda Almeida, Pedro Lins (em pé), Matheus Santos, Bruna Voutsas, Diovana Aparecida, Flavia Fantini e Francielly Almeida.

Em meio a 66 apresentações de diferentes estados, um grupo de Campo Grande conquistou 1º e o 3º lugar nas categorias avançadas de dança contemporânea e livre. As apresentações montadas por coreógrafos da região das Moreninhas ocorreu durante a 20ª edição do Festival Nacional de Dança Sacra de Joinville, em Santa Catarina, conhecida como a cidade da dança.

Mesmo sem formação técnica de dançarinos profissionais, o grupo Ministério de Artes Psalmus, que existe há 16 anos, estudou por vídeos e programas de danças. O bombeiro militar Alessandro Almeida dos Santos, de 44 anos, é coreógrafo do grupo ao lado de sua esposa. Ele concilia o trabalho administrativo na corporação com os ensaios na comunidade católica. O servidor público trabalhou por 11 anos no Programa Bombeiros do Amanhã.

“A noite é um período ocioso para adolescente. Então, ao invés de ele (jovem) não estar fazendo nada é melhor estar na igreja, dançando. Os ensaios acontecem na Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, mas tem uma participante que vem da comunidade Santa Rita, do Bairro Universitário. Todos os interessados podem participar”, garante Alessandro.

A acadêmica de Letras Patrícia Mara Leirias dos Santos, de 32 anos, esposa de Alessandro, conta que o grupo nasceu na Comunidade Nossa Senhoras das Graças, Paróquia Nossa Senhora Aparecida das Moreninhas, há 16 anos e que, neste tempo, o foco sempre foi a evangelização de jovens.

“Nós não temos nenhuma formação técnica em dança. Fazemos por amor, para levar algo diferente para a juventude. O que sabemos é devido à experiência adquirida na caminhada. Nosso ministério se destacou realmente por levar a dança Sacra de forma diferenciada. Buscando a técnica, mas o nosso forte é na evangelização mesmo”, explica Patrícia.

Coreografia "Como na primeira vez".
Coreografia "Como na primeira vez".
Coreografia Aurora, de Alessandro.
Coreografia Aurora, de Alessandro.

A coreografia "Aurora" recebeu a premiação de 3° lugar na categoria livre avançado e a coreografia "Pescador de Homens”, o 1° lugar na categoria contemporâneo avançado. O grupo também levou a coreografia "Como na Primeira Vez".

Joinville é conhecida como a Cidade da Dança e há 20 anos realiza o Festival Nacional de Dança Sacra, que é protegido por lei. Patrícia garante que técnica é o forte dos participantes, mas o grupo de Campo Grande não desanimou e conseguiu somar espiritualidade e emoção às coreografias.

“Não é coisa pequena, é um grande espetáculo e o nível dos mais de 400 participantes, é altíssimo. Isso foi um grande desafio. Quando abriram as inscrições, confesso que não tínhamos esperança. É gente muito boa, de ficar com medo. São pessoas que respiram dança. Mas nosso ensaio é pesado e acontece todos os dias, menos na quarta-feira porque temos muitas atividades na igreja. E o aprendizado vem por vídeos e programas de dança, depois nós colocamos em práticas”, finaliza Patrícia.

“Mesmo com toda a cobrança, a nossa maior confiança não está em ganhar, mas em mostrar nossa arte evangelizadora. É uma coreografia encenada e nós dançamos em cima da letra. Deus transformou nossa arte em algo emocionante”, completa Alessandro.

O grupo começou em 2004 para os jovens da catequese que buscavam coisas novas na igreja. Com o tempo o ministério cresceu e o grupo teve a oportunidade levar as coreografias para toda a diocese. A primeira vez no festival sulista aconteceu em 2017, mas na época não teve o cunho competitivo. Desta vez, dos 25 bailarinos do grupo, 19 viajaram para participar.

A arte envolve todas as idades, mas o grupo trabalha com participantes acima dos 11 anos.

O festival aconteceu no fim de semana, no Centreventos Cau Hansen. Os artistas subiram ao palco em seis modalidade com o objetivo central de levar o público à oração. A abertura do evento contou com apresentação da Cia de Dança Alabanza, da cidade de Paranaguá (PR) sobre a luta contra o suicídio, com o tema “A vida vale ouro”.

As duas noites somaram 66 apresentações avaliativas e competitivas de ballet clássico, jazz, danças urbanas, danças contemporâneas, danças populares e livre, organizadas nas categorias Baby (4 a 6 anos), Infantil (7 a 12 anos), Juvenil (13 a 15 anos) e Adulto (acima de 15 anos).

Acompanhe o trabalho do grupo nas redes sociais, pelo Facebook e Instagram.

Assista ao vídeo:

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Ensaios na comunidade.
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Objetivo é unir arte e evangelização.
Objetivo é unir arte e evangelização.

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