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Artes

Cineclube rifa filmes para comprar projetor e exibir filmes em comunidades

Naiane Mesquita | 17/04/2016 07:10
Filme O Ódio será o primeiro a ser exibido pelo Cineclube
Filme O Ódio será o primeiro a ser exibido pelo Cineclube

Com estreia marcada para quarta-feira (20), o cineclube Guarani chega a Campo Grande com uma proposta que vai além dos filmes exibidos no MIS MS (Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul). Idealizado por um grupo de admiradores do cinema, o coletivo pretende estender a sétima arte para comunidades quilombolas, aldeias urbanas e assentamentos, com produções que abordam os direitos humanos.

Uma das representantes, Carolina Sartomen, 27 anos, também dirige outro cineclube, o Cinema de Horror, mas ressalta que a proposta do Guarani é diferente. “Pretendemos alcançar diferentes públicos, que não costumam ter acesso ao cinema de circuito comercial ou mesmo alternativo como aldeias urbanas, assentamentos, comunidades quilombolas...

Pretendemos levar filmes de qualidade, promovermos sessões de filmes e debates gratuitamente nesses espaços, ainda não temos equipamentos próprios para isso, por isso estamos articulando ações que venham a nos possibilitar essa independência”, afirma.

Para conseguir viabilizar os equipamentos, vale até rifar um DVD do diretor Pedro Almodóvar. “Estamos promovendo uma rifa de box de filmes do Almodóvar, vendendo a preço popular e promoveremos uma festa em junho a fim de adquirirmos nosso projetor e nossa caixa de som”, explica.

O filme de estreia será O Ódio (La Haine), do diretor Mathieu Kassovitz. O debate após a exibição será mediado pelo acadêmico Paulo Augusto Fernandes, do curso de Ciências Sociais (UFMS). Na sinopse, o judeu Vinz (Vincent Cassel), o árabe Saïd (Saïd Taghmaoui) e o pugilista Hubert (Hubert Koundé) vivem no subúrbio de Paris e encaram diariamente a discriminação e os abusos da polícia. Durante mais um dos corriqueiros confrontos com as forças da lei, Vinz encontra uma arma e jura assassinar um policial caso seu amigo Abdel (Abdel Ahmed Ghili), espancado em interrogatório, morra em decorrência dos ferimentos.

“Pretendemos trabalhar com filmes que trabalhem com temáticas voltadas aos direitos humanos e procuraremos contemplar as diversas culturas que compõem o mosaico identitário brasileiro trabalharemos com curtas, médias, longas ficção, documentário, animação e experimental. Em especial, com filmes brasileiros estrearemos o cineclube agora no MIS, inclusive para divulgarmos a nossa proposta e oportunizar aqueles que quiserem colaborar e participar conosco”, frisa.

O MIS/MS (Museu da Imagem e do Som de Mato Grosso do Sul) fica no Memorial da Cultura e Cidadania, na avenida Fernando Correa da Costa, 559. Informações no evento do Facebook. 

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