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Artes

De forma independente, festival de rap e teatro é programa gratuito até domingo

Naiane Mesquita | 23/05/2015 07:34
Coletivo Teatro Tribo Mentes Livres levou contos infantis para a Praça Ary Coelho (foto: Fernando Antunes)
Coletivo Teatro Tribo Mentes Livres levou contos infantis para a Praça Ary Coelho (foto: Fernando Antunes)

A rua como palco e também como inspiração. A 3ª edição do Expressão de Rua - Um Novo Olhar, começou na quinta-feira e segue até domingo com uma programação extensa que passa pelo teatro, até as intervenções artistícas e por fim chega ao rap e ao hip hop, os grandes propulsores do festival.

De acordo com o idealizador do evento, Dudu Miranda, a proposta é movimentar a cena independente do Estado. "Nós queremos uma produção de arte que fuja da dependência do poder público, que seja independente", afirma.

Para isso, o festival inovou ao incluir a música eletrônica e o teatro nas apresentações. "Desde quinta-feira estamos realizando intervenções em vários pontos da cidade, de sopetão mesmo, para chegar até a comunidade, para que a expressão seja na rua, do teatro, da música, das outras artes", ressalta.
Entre os exemplos, está a apresentação realizada na Praça Ary Coelho ontem, à tarde, pelo Coletivo Teatro Tribo Mentes Livres, de Dourados.

O grupo apresentou uma peça sobre contos infantis reformulados, As Aventuras de Sandrinha Sardinha. "Essa peça já é um teatro de rua, com malabaris, música, um pequeno cortejo, com som folclórico. Com a proposta de criar essa identificação e de interagir com os espectadores", explica um dos atores do coletivo, Cuca Pregliatto.

Público parou para assistir a apresentação gratuita
Público parou para assistir a apresentação gratuita

A ação parece ter cumprido o objetivo. Ao menos para a estudante Ketlen Nayara Rodrigues, 14 anos. Ela passava pelo local quando foi abordada pelo cortejo do grupo e resolveu sentar. "Estava indo comprar um vestido. Vi o grupo, eles me chamaram e eu resolvi parar um pouco", explica. Rindo, ela afirma que o bom humor da apresentação a conquistou. "Eles são engraçados".

Além da Praça Ary Coelho, para atingir a expressão real da rua, o festival também realizou um sarau de rap e hip hop no bairro Indubrasil na sexta. "É uma forma de atingir as pessoas que estão nas comunidades", afirma Dudu.

Já hoje, as apresentações serão na Praça do Rádio Clube, no centro de Campo Grande. Ao todo são 48 grupos ou bandas de rap em todo o festival, que acaba no Parque das Nações Indígenas no domingo, com uma apresentação especial das mulheres.

De acordo com uma das produtoras do evento Jéssica Cândido, as mulheres tem um espaço especial no festival.

"Nesse festival nós trouxemos também o tema da violência contra à mulher. A gente chama todas as mulheres para participar e para ver e também para cobrar esse respeito da sociedade, para buscar um equilibrio entre as mulheres e os homens, no nosso movimento estamos pedindo isso, o respeito. Enquanto mulher sofremos muito, dentro do ônibus, no mercado, no trabalho, para poder viver o que a gente acha, para entender o movimento, para poder lutar contra o machismo", acredita.

Confira a programação de sábado e domingo, que será feita de música e rimas:

Hoje - 15 horas
Atrações - Nalkimia, Voz do Gueto, Stanka (SP), Marina Bernal (Caarapó), Banda Raiz, Narco Rima, Pobres Retirantes, Engenheiro Edson, Alien Sputnik, MS a Quadrilha e Intervenções de Brigitty Zelinski.
Local: Praça do Rádio – Concha Acústica.


Amanhã - 15 horas
Show das Minas - Marina Peralta, Becky Bee, RastaNigga, Mocambo Groove (SP), MS 03, Engenheiro Edson e Brigitty Zelinski.
Local: Parque das Nações Indígenas – Concha Acústica Helena Meirelles

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