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Artes

Espetáculo celebra ancestralidade em MS baseado em histórias reais

Trabalho terá 4 apresentações e workshops gratuitos na Capital

Por Thailla Torres | 09/12/2024 09:00
Espetáculo celebra ancestralidade em MS baseado em histórias reais
O espetáculo traz à cena os atores Nathália Maluf e Tero Queiroz. (Foto: Gabriella Thais)

O espetáculo Terra Brava estreia no dia 10 de dezembro, às 16h, na Associação Lar do Pequeno Assis, em Campo Grande. Com duração de 45 minutos e classificação livre, a peça terá outras três apresentações em locais distintos da capital, levando uma narrativa rica em temáticas de pertencimento, ancestralidade e resistência.

Escrito por Nathália Maluf, com colaboração de Dora Gomes e direção de Lígia Prieto, o espetáculo traz à cena os atores Nathália Maluf e Tero Queiroz. A performance mistura elementos teatrais e circenses para contar a história de Maria e José, um casal que enfrenta dilemas sobre partir ou permanecer em busca de uma vida melhor. Inspirado na história familiar da autora — neta de nordestinos migrantes para o Mato Grosso do Sul —, Terra Brava explora a luta pela sobrevivência e a aspiração por pertencimento, refletindo as jornadas de nordestinos, indígenas, quilombolas e camponeses.

Segundo Nathália, a proposta é promover um resgate das memórias individuais e coletivas dos brasileiros. “Somos frutos de processos de imigração e migração interna, seja vivida por nós ou nossos antepassados. Terra Brava busca conectar o público a esses sentimentos de luta, resistência e pertencimento”, explicou. A obra também integra de forma harmoniosa as linguagens teatral e circense, explorando suas potencialidades sem limitações hierárquicas entre texto e virtuose.

A direção de Lígia Prieto destaca um processo criativo baseado na escuta e na experimentação. “Trabalhamos com a escuta do corpo e a construção de partituras circenses que nascem organicamente da dramaturgia. Assim, o desenho cênico é um resultado natural desse processo”, afirmou.

O espetáculo combina teatro, circo e música, desafiando convenções artísticas locais. Nathália Maluf ressalta que essa fusão é um diferencial no cenário sul-mato-grossense. “Não estamos reinventando a roda, mas este tipo de produção ainda é escasso por aqui. Terra Brava foge da comicidade tradicional do circo, explorando uma poética mais ampla e profunda”, analisou. Além disso, ela celebrou a representatividade feminina na dramaturgia e direção, algo raro na região.

Com sonoplastia ao vivo do músico Vinícius Mena, figurinos de Dayane Bento e design gráfico de Julian D. Vargas, a realização é da Cia Apoema e a produção geral de Nilci Maciel. O projeto tem apoio do Fundo de Investimentos Culturais de Mato Grosso do Sul (FIC/MS) e busca descentralizar o acesso à arte em Campo Grande.

Workshops gratuitos

A Cia Apoema também promoverá dois workshops gratuitos. O primeiro, “Circo-Teatro: Um Borrar de Fronteiras Brincante”, será direcionado a crianças e adolescentes, com atividades lúdicas de acrobacias e malabares. O segundo, “Um Borrar de Fronteiras: Circo, Teatro, Corpo Cênico e suas Possibilidades”, será voltado a artistas, professores e público geral, explorando o processo criativo do espetáculo.

As inscrições para o workshop de artistas são limitadas a 20 participantes, com prioridade para comunidades tradicionais e LGBTQIA+. Os interessados podem se inscrever pelo link disponibilizado pela produção.

Agenda

  • 10/12: Associação Lar do Pequeno Assis, 16h (Apresentação)

    • 11/12: 8h (Workshop infantil)

  • 12/12: EE Clarinda Mendes de Aquino, 9h (Apresentação)

    • 12/12: 13h (Workshop para artistas)


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