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Artes

Nas ruas de Bonito, festival garante estreias que dificilmente chegariam aqui

Lado B | 30/07/2014 16:08
Mustache e os Apaches farão 2 apresentações no Festival de Inverno de Bonito
Mustache e os Apaches farão 2 apresentações no Festival de Inverno de Bonito

Com rabecão banjos e bandolins, o grupo Mustache e os Apaches será uma das boas novas trazidas pelo Festival de Inverno de Bonito. Os integrantes estão juntos há três anos, se encontraram em uma república em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo (SP), começaram no improviso e lançaram em 2013 o primeiro disco de inéditas.

A banda já fez turnê na Europa, terá clipe novo lançado pela MTV, mesmo assim continua com uma diferença primordial, ainda gosta de estar nas ruas, com o folk urbano.

O Festival de Bonito tem esse como o melhor lado, o de trazer para Mato Grosso do Sul nomes e espetáculos que dificilmente viriam por outra via.

Além da estreia por aqui de gente que já conquistou reconhecimento na música brasileira, como Tulipa Ruiz, o evento também tem na programação arte feita de dança, intervenções no meio da rua e teatro, tudo de graça.

Coletivo Grua e o espetáculo “Corpos de Passagem”.
Coletivo Grua e o espetáculo “Corpos de Passagem”.

A bailarina paulista Mariana Piza, por exemplo, traz duas coreografias, ambas interativas. Ela deve parar as ruas de Bonito vestida de macacão de luzes de led no espetáculo "Cora-me". Com caixas de som a tira colo, vai convidar o público a ouvir seus corações usando um estetoscópio.

Em outro momento, ela mudará o figurino para apresentar "Formas-me", que começa com a pergunta: “Você gostaria de ajudar a formar uma pessoa?”. Com macacão e peças de Lego, Mariana dependerá dos espectadores para o encaixe das peças na roupa que usa.

Também com movimento, o Coletivo Grua quer fazer o público pensar em quanto o homem capitalista perdeu sensibilidade com o espetáculo “Corpos de Passagem”. Em uma reflexão sobre a submissão atual aos padrões sociais, eles vestem ternos e improvisam movimentos, na tentativa de transformar o dia a dia numa rotina menos árida e formal.

Nos espaços públicos, os grupos discutirão, inclusive, a arte, de uma forma mais densa. Também de São Paulo, o Grupo Xpto e “Lorca Aleluia Erótica”, por exemplo, se propõem a romper as convenções em torno da obra de Federico García Lorca, contra a fixação nas castanholas, no exotismo flamenco e nos traços sombrios comuns em encenações do autor. O programa vale, no mínimo, pelos 23 anos de experiência.

Veja o que mais o Festival terá de novidade na 15ª edição:

Mariana Piza, no espetáculo Formas-me.
Mariana Piza, no espetáculo Formas-me.

<h1>Dia 31

Praça da Liberdade

17h
Circo do Mato / Um Pé de Circo
Um espetáculo de circo-teatro que narra a estória do Zé, um menino que é transportado por seres da natureza do mundo real para um mundo fantástico. Chegando lá ele conhece o Sr. De Grille cri-cri que lhe apresentará um desafio: encontrar a semente vermelha que o transformará para sempre!

18h
CIA do Mato / Monólogos da Dor
O espetáculo de dança tem como temática a instalação da dor nos indivíduos. Sem especificidades, partindo do pressuposto de que esta dor não aceita ser compartilhada. Ela é solista, indivisível, tendo como aliado somente o tempo.

<h1>Dia 01

Praça da Liberdade

17h
Mariana Piza – “Formas-me”- é uma intervenção que busca materializar os resíduos resultantes das relações humanas. A atriz fica em exposição vestida com um macacão de peças de LEGO. O público torna-se construtor da obra quando se relaciona com ela, encaixando outras peças no macacão, compondo a forma que eles gostariam que a artista tivesse.

18h
Caio Stolai / Circo Poeira
O Circo Poeira é um espetáculo que mescla linguagem de circo, teatro e boneco. Ele conta de maneira poética e divertida a história do circo através das recordações de um “Velho Mestre”. Esse personagem que é o narrador da história relembra o auge do seu Circo e dessa forma surgem do fundo de sua memória os números que compõem o espetáculo. O público se deleita com a leveza dos Elefantes e a destreza de seus acrobatas. Diverte-se com o chinês equilibrista de pratos. Encanta-se com a bela bailarina. Ri com as maluquices do Malabarista e as peripécias do Capoeirista pirofagista. E presta ainda uma homenagem ao “respeitável público”. Pois o que seria o circo sem o público? O espetáculo foi concebido por Caio Stolai e Beto Lima, sendo Caio Stolai também o intérprete. A trilha sonora idealizada também por Caio Stolai é original e delicada. Durante os 50 minutos de apresentação viajamos para o universo intimista e nostálgico do “Velho Mestre” que garante a emoção a todas as idades.

19h
Mandi’o / Ara Pyahu - Descaminhos do Contar-se
Ñanderu e Ñandesy, nosso primeiro pai e nossa primeira mãe esticaram a terra como um espreguiçar de corpos, e assopraram na língua da origem o nome que cada coisa deveria ser. Depois se pintaram na cor de urucum se preparando para os tempos futuros de jaguaretê, de escravidão e espalhamento. Ara Pyahu conta a história dos indígenas Guarani Kaiowá, que transita entre nós e eles, mitos e notícias, dança e teatro, paços e caminhadas.

20h
Mariana Piza – "Cora-me" Com um vestido com leds vermelhos e munida de um estetoscópio e um par de caixa de som procurando pessoas que deixem ela expor seu coração "ao mundo", que deixe tornar visível o seu mais íntimo som. O estetoscópio está conectado às caixas de som, desta forma, o som do coração da pessoa que interage na performance é ouvido pelas pessoas que assistem a interação. Além disso, as luzes do vestido piscam de acordo com as batidas do coração.

21h30
Mustache e os Apaches - Nasceu da simbiose criativa de cinco excêntricos músicos que também atuam em vários campos da arte como o circo, artes plásticas, cinema e literatura. Inspirados inicialmente pelas Jug Bands norte-americanas e pelos espetáculos do Circo Vaudeville, iniciaram seu projeto apresentando-se nas ruas de São Paulo e logo destacaram-se por serem capazes de transformar qualquer lugar da cidade em um espaço para shows. A banda é formada pelos gaúchos Pedro Pastoriz (voz, violão e banjo), Tomás Oliveira (contrabaixo acústico e voz), Axel Flag (voz e percussão), Jack Rubens (bandolim) e pelo mineiro Lumineiro, que toca o original Washboard (uma antiga tábua de lavar roupa).

<h1>Dia 02

Praça da Liberdade

16h

Mariana Piza – “Formas-me”

Feira Bocaiúva / Av. Pilad Rebuá

16h
Funk-se / Mosaico Urbano
O espetáculo de dança de rua se propõe a um desafio - mostrar diferentes visões de criação coreográfica a partir da ideia de juntar pequenos quadros, para se conseguir um resultado no todo, «mosaico urbano» passeia pelos diversos estilos das danças urbanas.
Praça da Liberdade

16h30
Grua | Gentlemen de Rua
Na performance Corpos de Passagem, o grupo Grua – Gentlemen de Rua, apresenta 06 homens/executivos que exploram as possibilidades do improviso num trajeto determinado e transformam a relação plateia|palco|rua|artista, propondo uma outra forma de se apropriar dos espaços públicos ou privados, levando o público presente ou passante a se surpreender e a se instigar.

17h
Mustache e os Apaches

17h30.
Grupo Xpto / Lorca Aleluia Erótica
Baseada na vida e obra do espanhol Federico Garcia Lorca (1898–1936), o espetáculo é resultado da pesquisa realizada em 2006, por ocasião dos 70 anos da morte do poeta e dramaturgo. A montagem traz fragmentos de obras nunca apresentadas no Brasil como “O Público” ou pouco conhecidas por aqui como Assim que passarem cinco anos, Amor de Dom Perlimplin com Belisa em seu Jardim e A Donzela, o Marinheiro e o Estudante, e ainda 17 poemas transformados em canções. O resultado é o encontro apaixonado com um dos grandes artistas do século XX, através de uma experiência intensa e provocadora.

19h
Território Sirius / Joelma (BA)
Joelma conta a história de uma mulher, nascida no corpo de um homem. Nos trinta anos que vive no sul do País, muda o corpo e realiza a cirurgia de redesignação sexual, por fim retorna para Ipiaú (BA), sua cidade nata. Para além dos aspectos sobre a sexualidade e gênero, a narrativa também apresenta a trajetória religiosa da personagem, que hoje, aos 69 anos vive numa casa, que é um misto de centro espiritualista e igreja. Outro elemento marcante do espetáculo é o assassinato que estabelece uma trama policial na história.

20h
Grua | Gentlemen de Rua

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