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Artes

Trio de músicos saiu de Rondônia e escolheu Campo Grande pra realização de sonho

Eles formam a banda D'Kukas e estão fazendo shows e campanha para conseguirem lançar o segundo disco da carreira

Eduardo Fregatto | 17/07/2017 06:25
A banda formada por Larissa (voz), Maelson (violão e voz) e Ellô (percussão e backing vocal). (Fotos: Divulgação)
A banda formada por Larissa (voz), Maelson (violão e voz) e Ellô (percussão e backing vocal). (Fotos: Divulgação)

Quem sai para a noite campo-grandense, em bares e restaurantes, já pode ter sido abordado por um trio de músicos do Norte tentando vender discos, ingressos, rifas e, principalmente, um sonho: lançar seu segundo álbum de músicas autorais. O trio de músicos Ellô Moura, de 20 anos, Maelson Cardoso, 34, e Larissa Kely, 20, viajaram quase 2 mil quilômetros nessa busca. Eles saíram de Ji-Paraná, em Rondônia, trazendo na mala suas vozes, um violão e um cajón (se pronuncia "carron"), instrumento de percussão latino, de origem peruana.

"Nós somos a banda D'Kukas, banda de pop rock acústico formada apenas por voz, violão e cajón", explica uma das integrantes, Ellô, responsável pela percussão. "Esse tipo de sonoridade é o que está fazendo sucesso lá fora e começa agora a se popularizar no Brasil", defende.

Eles estão desde o início do ano em Campo Grande, realizando shows em lugares como Jack Music Pub, Burger Rocks, Santa Sogra e outros bares, restaurantes e festas. Com o cachê das apresentações, se mantém na cidade. Por fora, fazem rifas, sorteios e lançaram uma campanha de arrecadação, para realizarem o sonho de lançar o segundo CD do grupo.

"Nós temos um disco autora lançado chamado 'Eu Sei', gravado e lançado entre 2015 e 2016, lá mesmo em Rondônia. Agora, queremos gravar nosso segundo trabalho, 'Calça Jeans', com doze músicas autorais, entre português e inglês", diz Ellô.

Eles escolheram Campo Grande por ser uma cidade com boa opção de estúdios de gravação por um preço não tão alto como São Paulo ou Rio de Janeiro. "Todo mundo pergunta porque viemos para cá. A gente já fez turnê em toda Rondônia e muitas pessoas falavam que nessa região tinha uma certa falta de nosso estilo numa versão acústica", contam. "Desde que chegamos, em janeiro, várias bandas começaram a adotar o nosso estilo, de voz, violão e cajón, na música ao vivo na noite. Fomos contribuidores pra isso", garantem.

O trio não tem medo de botar as caras em busca de ajuda e patrocínio. Saem nos bares e restaurantes, durante à noite, distribuindo suas rifas e propostas, vendendo discos e ingressos de seus shows. "A gente não gosta de esperar pelo amanhã. Estamos correndo atrás dos nossos sonhos com as armas que temos na mão", pontua Ellô.

O custo total, para gravar e lançar um CD com cerca de 5 mil cópias finalizadas, prontas para a venda, pode chegar até R$ 35 mil. Eles não revelam quanto já conseguiram, mas relatam que já fizeram parcerias com várias empresas de Campo Grande. "Temos uma campanha. Os locais que nos apoiarem vão ganhar espaço no encarte do nosso disco e uma porcentagem das vendas", destacam.

O grupo tem um disco lançado, chamado "Eu Sei".
O grupo tem um disco lançado, chamado "Eu Sei".

A campanha vale para todos. Qualquer pessoa que investir R$ 70,00 no trabalho da banda vai receber 1% do valor de cada disco vendido. A promessa é que a pessoa receba de volta R$ 100,00 a cada 1000 cópias vendidas. "E tudo no conforto de casa. Quem vai sair na noite vendendo os CDs seremos nós mesmos", ressalta Ellô.

O estilo empreendedor do grupo chama atenção. "Sempre que falamos com as pessoas, elas vão atrás da nossa página, curtem, nos seguem". Eles tem um grupo no Facebook, para divulgar os detalhes da campanha, que pode ser acessado clicando aqui.

Tudo em família - Ellô é prima de Maelson, que é casado com Larissa. Ela sempre sentiu interesse por música. "Minha família é formada por músicos. Está no sangue. Desde os 8, 9 anos, eu era atraída por instrumentos de percussão, bateria, cajón... foi meu primo que me deu o cajón e assim nasceu a banda, no dia do meu aniversário, em 2015", conta.

Além das músicas autorais, eles também cantam suas versões de grandes sucessos. "Por onde a gente passa, conseguimos deixar nossa identidade", acredita Ellô.

Já há 7 meses em Campo Grande, eles dizem que o clima da cidade é muito parecido com Ji-Paraná. A grande diferença é a tranquilidade da noite Capital sul-mato-grossense. "Rondônia é a cidade que nunca dorme. Aqui, se você sair em certos horários, não tem ninguém na rua. E se fizer frio, nem saia de casa, não vai ter ninguém", brinca.

Para o futuro, o trio quer viajar para outras regiões do Brasil e continuar na luta pra viver de música. Mas não pretendem sair de Campo Grande enquanto não conseguirem lançar o sonhado segundo disco.

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