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Artes

Wagner usa sax feito de cano PVC para levar jazz à correria do Centro

Aos 38 anos, músico é formado em Letras e até vendeu cafezinho para pagar a faculdade

Danielle Valentim | 31/07/2019 08:43
Parece até coisa de maluco, mas foi no sol do meio dia que o Lado B se deparou com o músico Wagner. (Foto: Marina Pacheco)
Parece até coisa de maluco, mas foi no sol do meio dia que o Lado B se deparou com o músico Wagner. (Foto: Marina Pacheco)

Parece até coisa de maluco, mas foi no sol do meio dia que o Lado B se deparou com o músico Wagner Alves dos Santos e seu sax de cano de PVC ao som do jazz, em pleno centro da cidade.

Aos 38 anos, Wagner é formado em Letras pela UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul), mas no lugar da sala de aula prefere a liberdade da música. Autoditada em instrumentos de sopro, seu primeiro contato com as partituras foi com a flauta doce e, desde então, nunca mais parou.

Auditada em instrumentos de sopro, seu primeiro contato com as partituras foi com a flauta doce. (Foto: Marina Pacheco)
Auditada em instrumentos de sopro, seu primeiro contato com as partituras foi com a flauta doce. (Foto: Marina Pacheco)

“Eu trabalhava vendendo café na faculdade, fiquei um tempo dando aulas, mas sempre tive essa ligação com a música. Eu fugia dela e ela vinha me encontrar. Até que eu comecei a praticar mais, aprendi a ler partitura. Com o tempo vários amigos começar a questionar por que eu não me apresentava e comecei a me apresentar na rua. Vi que tinha receptividade e continuei”, conta.

Enquanto a reportagem conversava com Wagner, muitas pessoas olhavam de forma curiosa para o instrumento diferente. O horário escolhido é o de maior fluxo e, segundo o músico, o dinheiro não é muito, mas dá para se manter.

“Eu costumo chegar ao Centro às 10h e dependendo do dia sigo até às 16h. Fico nos horários de maior fluxo de pessoas passando pelo Centro”, pontua.

Para o sax foram usados uma garrafa de iogurte cortada ao meio, dois tamanhos de cano e bico um ferro envolvo com uma bexiga. (Foto: Marina Pacheco)
Para o sax foram usados uma garrafa de iogurte cortada ao meio, dois tamanhos de cano e bico um ferro envolvo com uma bexiga. (Foto: Marina Pacheco)
O horário escolhido é o de maior fluxo e, segundo o músico, o dinheiro não é muito, mas dá para se manter. (Foto: Marina Pacheco)
O horário escolhido é o de maior fluxo e, segundo o músico, o dinheiro não é muito, mas dá para se manter. (Foto: Marina Pacheco)

O instrumento original tem o valor elevado e para produzir o de PVC, Wagner se inspirou num método de Alessandro Galdino, que usa o YouTube para dar dicas de fabricação.

“Por meio de pesquisas na internet me inspirei no Alessandro Galdino e em um italiano. Eu já toco há quase dois anos e desde que mergulhei nessa arte, já surgiu o desejo de tocar nas ruas e divulgar meu trabalho e minhas composições”, conta.

Para o sax foram usados uma garrafa de iogurte cortada ao meio, dois tamanhos de cano e bico um ferro envolvo com uma bexiga. “A bexiga é usada para simular a paleta do sax”, frisa.

Com vestimenta social e até gravata, o som apresentado é puro jazz improvisado. Com apresentações ao ar livre desde setembro de 2018, Wagner leva as influências de Contrane, Dexter Gordon, Pharoah Sanders e muito mais.

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Confira uma palinha no vídeo abaixo:

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