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Comportamento

"Afroestima" é lema de brechó que surgiu para valorizar a pele negra

Pele Preta Brechó foi criado por Mariana, que aproveitou para fazer um outro projeto de empoderamento, o Afroestima

Lucas Mamédio | 14/08/2020 06:46
Ensaio com mulheres negras para o Pele Preta Brechó (Foto: Eduardo Ávila)
Ensaio com mulheres negras para o Pele Preta Brechó (Foto: Eduardo Ávila)

A representatividade negra no mundo da moda, ou no publicitário em geral, é um tema que já vem se naturalizando há algum tempo. Passamos anos acostumados a vermos campanhas inteiras com modelos brancos como se o mundo fosse monocromático, mas felizmente, isso tem mudado.

Mariana teve a ideia porque percebeu a escassez de exemplos (Foto: Eduardo Ávila)
Mariana teve a ideia porque percebeu a escassez de exemplos (Foto: Eduardo Ávila)

Outra mudança benéfica no universo da moda foi a inserção dos brechós no rol de opções das pessoas que valorizam tendências e preferem pagar um preço relativamente barato nas roupas, valorizando o pequeno empreendedor, e ainda deixando de insuflar os cofres das grandes lojas fast fashions, muitas vezes acusadas de exploração de mão de obra.

Em Campo Grande, a jovem estudante de enfermagem Mariana Moraes, de 22 anos, tem tentado, e está obtendo êxito, unir essas duas inovações ou adequações.

Os ensaios também fazem parte do Afroestima (Foto: Eduardo Ávila)
Os ensaios também fazem parte do Afroestima (Foto: Eduardo Ávila)

Ela criou o Pele Preta Brechó, um brechó que além de vender roupas usadas, claro, busca, por meio rotina de divulgação, debater empreendedorismo, empoderamento e feminismo negro.

“O brechó surgiu da ideia de valorização da pele preta, que muitas vezes não possui oportunidades permanentes no mundo da moda. Com esse espaço gostaria que meninas pretas pudessem ser modelos e mais que isso, fosse algo confortável para elas”, explica Mariana.

A ideia do brechó, segundo Mariana, é valorizar a mulher negra em si, sem referenciá-la apenas às roupas da cultura africana. “As roupas não são específicas da cultura afro, pois a intenção é incluir a mulher preta em diversos tipos de segmentos e não somente em sua cultura específica. Gosto de mostrar que elas podem e devem estar onde quiserem”.

Pele Preta Brechó só usa modelos negras (Foto: Eduardo Ávila)
Pele Preta Brechó só usa modelos negras (Foto: Eduardo Ávila)

Nesse contexto, Mariana quis ir além e criou o projeto o Afroestima que busca elevar autoestima da mulher negra não só por meio da moda, mas de ensaios e oficinas de empoderamento.

“É a valorização da descendência Afro como cabelos, roupas, danças, traços, enfim, toda a cultura Black que demonstramos e que somos. O brechó não somente vende roupas, mas trabalha incentivando as meninas na transição, ensinando a fazer turbante e assuntos feministas também. Realizamos doações de algumas peças que garimpamos para famílias que precisam, peças em boas condições de uso”.

Para conhecer mais do Pele Preta Brechó e do projeto Afrostima, pode acessar a página no Instagram.

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