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Comportamento

Ainda que leve 28 anos, histórias provam que antigo amor pode reaparecer e ficar

Paula Maciulevicius | 16/08/2016 06:15
É possível sim se casar com o primeiro amor. Flávia e Rodrigo são a prova disso.  (Foto: Arquivo Pessoal)
É possível sim se casar com o primeiro amor. Flávia e Rodrigo são a prova disso. (Foto: Arquivo Pessoal)

Foram 28 anos até a Jurema mulher realizar o sonho da Jurema menina de 13 anos: de dizer sim ao seu primeiro grande amor. Na semana passada, quando o Lado B resgatou com os leitores por onde andam as paixões do passado, muita gente respondeu que ela estava pertinho, ali do lado, no marido ou na esposa. A prova de que quando é para ser, nem que leve décadas, o final feliz pode acontecer com o primeiro amor da sua vida. 

"Nós nos conhecemos eu tinha 13 e ele 16..." começa a contar a professora Maria Jurema da Rocha - hoje Rodrigues, de 48 anos. Há 35 anos, ela e Roberto começaram um namoro, mas terminaram antes de completar um ano, porque a família dela não aceitava. A justificativa à época era de que ele não gostava dos estudos, enquanto ela era a "certinha". E como os familiares de ambos eram muito amigos, quiseram preservar o sentimento, antes que um término causasse uma ruptura geral. 

Jurema continuou na mesma escola, o ex-namorado mudou e quando ela soube que ele se casaria, decidiu que só seria depois dela. "Com 17 anos eu casei, coisa de adolescente mesmo. E ele foi no meu casamento", lembra a professora. Roberto, que estava para se casar, não levou a situação até o fim e só foi subir ao altar seis anos depois. 

Nos 28 anos que se passaram, Jurema teve filhos, casou duas vezes e Roberto, quatro. Até que um dia, ele foi até o cartório onde a irmã e sobrinha dela trabalhavam. "Recebi um telefonema da minha sobrinha: 'adivinha quem está aqui?' Era Roberto. 

Ao reencontrar os familiares de Jurema, Roberto ofereceu uma carne para a festa da família, um churrasco de aniversário. E foi lá que eles se encontraram depois de tantos anos, em 2008. "Ele não sabia que eu estava separada e nem eu dele. Apresentei meus filhos para ele", conta Jurema. E Foi uma pessoa que não tinha nada a ver com a história que chegou nele. "Você é o tão famoso Roberto? Agora a Jurema está solteira e você, está casado?", recorda o autônomo Roberto Carlos Rodrigues, de 50 anos. A resposta dele foi um não e quando a oportunidade surgiu, ali mesmo ele a convidou para saírem no dia seguinte.

Casados desde dezembro de 2009, foi ali que Jurema realizou o sonho que tinha desde os 13.
Casados desde dezembro de 2009, foi ali que Jurema realizou o sonho que tinha desde os 13.

Na primeira saída, Jurema sentiu que estava voltando a ser menina. "Eu adolesci, chorava o tempo inteiro, a gente lembrava das coisas que falávamos. Na verdade a gente foi se conhecer ali, porque ele me conheceu com 13 anos. Ele não me conheceu mulher e eu não conheci ele homem", conta. 

A relação era de namoro mesmo e Roberto era quem buscava a levava no trabalho, saíam para jantar e aproveitar o tempo que não puderam ter quando jovens. Até que a filha dela, Marithê, perguntou ao namorado da mãe quais eram as intenções naquele namoro. "Porque ela sabia do amor, eu nunca escondi dela que era apaixonada pelo Roberto, que ele era o meu grande amor e um dia, eu tinha certeza que a gente ia se encontrar", explica. 

O que levava Jurema a crer nessa volta? O amor. "Foi assim, o amor, porque a gente nunca teve um contato físico, na nossa época, era só aquilo de andar de mãos dadas, de selinho. Era um namoro puro, gostoso e eu era apaixonada, apaixonada, apaixonada", descreve.

A maturidade dos anos fez com que Jurema e Roberto se encontrassem na hora certa, 28 anos depois. (Foto: Alcides Neto)
A maturidade dos anos fez com que Jurema e Roberto se encontrassem na hora certa, 28 anos depois. (Foto: Alcides Neto)

Encurralado pela enteada, Roberto disse que agora era para sempre. "Vai até o final dos dias, porque a gente já namorava, já se gostava e fizemos o casamento. Pedi para o sogro, a sogra e eles deram consentimento", conta. 

A todo momento eles se perguntam o que teria acontecido a Jurema e ao Roberto se tivessem continuado o namoro na adolescência.

"A gente não consegue encontrar respostas, mas no fundo, era a falta de maturidade. Talvez não era o suficiente para a gente encarar todas as adversidades. Eu penso assim: tudo o que eu tive que viver e aprender e amadurecer sem ele, eu aprendi e ele a mesma coisa. E quando nós atingimos esse nível de maturidade, eu acho que o universo conspirou e falou: agora é a hora de vocês", acredita ela. "E valeu a pena esperar esses 28 anos, a maturidade é o que dá estabilidade para a nossa união", completa Jurema. "No dia 19 de dezembro de 2009, eu me vi realizando meu sonho de 13 anos, 28 anos depois", resume. 

O jogador de vôlei profissional se casou com a amadora, Adines.  (Foto: Arquivo Pessoal)
O jogador de vôlei profissional se casou com a amadora, Adines. (Foto: Arquivo Pessoal)

A fã e o jogador de vôlei - "Meu marido Rodrigo Reckziegel foi meu primeiro amor! Conheci ele aos 14 anos, era fã dele, pois ele era atleta profissional de vôlei e eu amador, mas ficamos juntos 10 anos depois!! Pensa numa canseira para conquistar alguém. Hoje com 2 filhos amados! E o amor... Bom, ele é minha alma gêmea! - Adines Ferreira, 35 anos, paisagista e consultora.

O garoto da porta da escola virou marido de Flávia.  (Foto: Arquivo Pessoal)
O garoto da porta da escola virou marido de Flávia. (Foto: Arquivo Pessoal)

O garoto da porta da escola - "O meu primeiro amor foi um magrelo que ia todos os dias na saída da minha escola, quando eu tava na 6ª série. Ele ia lá porque as irmãs dele também estudavam na mesma escola que eu, mas não me dava a menor bola... Onde ele está hoje? Casado comigo!" - Flávia Freire Barbosa, jornalista.

Alianças de Luiz Carlos e Ida, 22 anos depois. (Foto: Arquivo Pessoal)
Alianças de Luiz Carlos e Ida, 22 anos depois. (Foto: Arquivo Pessoal)

Noivo depois de 22 anos - "Meu primeiro namorado foi lá no interior de São Paulo. Sei que, agora, depois de 22 anos, ele é meu noivo. Mas, cada um casou e seguiu a vida. Ele teve 3 filhos, é professor universitário. Eu tenho Miguel e sou repórter. Reencontro que me completa e me traz equilíbrio. Ida Garcia, repórter, 40 anos.

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