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Comportamento

Aprendi a correr atrás dos meus sonhos e que nada nesta vida vem de graça

Mariana Lopes | 13/05/2015 06:56
Não basta querer e não tomar decisões, não priorizar nossas escolhas.
Não basta querer e não tomar decisões, não priorizar nossas escolhas.

Não tenho uma história de vida com muitos desencontros ou dificuldades traumáticas. Posso até dizer que sou uma pessoa muito abençoada por todas as oportunidades que apareceram no meu caminho. Mas com certeza, a jornada até aqui nem sempre foi um mar de rosas e nada do que tenho hoje conquistei de mão beijada. Uma das maiores lições que tive veio dos meus pais: se eu almejo alcançar algo, preciso correr atrás, pois nada nesta vida vem de graça.

Tenho uma pequena coleção de ditados populares que faço questão de carregar no bolso e de sempre repeti-los a mim mesma. Um deles é a famosa frase "a vida é dura para quem é mole". Acredito que não há portas fechadas para quem tem punho forte para abri-las. A vida acontece para quem sabe muito bem aonde vai e quer chegar.

Me lembro que uma vez, em uma mesa de bar, eu fiquei um bom tempo revirando o cardápio e simplesmente não conseguia decidir o que ia tomar, até um amigo virar para mim e dizer: "então, tome uma atitude". Claro que o comentário foi feito em um tom de brincadeira, mas me serviu como grande reflexão e reforçava oq ue meus pais sempre me ensinaram. Meus caros, o momento é agora e a vida não espera por nossas dúvidas e indecisões.

E foi com este pensamento que, aos 21 anos, cansada de enfrentar ônibus lotados, eu decidi que compraria um carro. Não me importei com a minha condição de estagiária da época e nem com o salário baixo que o cargo me oferecia. Eu simplesmente decidi que iria comprar um carro. Juntei o dinheiro para dar uma entrada e parcelei o restante. Claro que não foi um carro zero, por sinal foi um bem velhinho. Mas era meu e eu o conquistei com o fruto do meu trabalho.

Não foi fácil, pois muitas vezes precisei colocá-lo como prioridade e deixar de lado outras vontades e caprichos. Paguei todas as prestações, centavo por centavo, em quatro longos anos. E isso vale para tudo em nossa caminhada. Não basta apenas querer e não tomar decisões, não priorizar nossas escolhas.

A vida é cheia de caminhos e cabe a nós decidirmos como passar por cada um deles. As tempestades existem, sim, mas somos nós quem decidimos ficar na chuva ou construir um abrigo.

Mariana Lopes é jornalista e colaboradora do Lado B

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