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Comportamento

Bicicletaria e Armarinho são lojas com mais de 80 anos de história na Calógeras

Thaís Pimenta | 09/02/2018 06:05
Responsável pela Casa das Linhas há 16 anos. (Foto: Saul Schramm)
Responsável pela Casa das Linhas há 16 anos. (Foto: Saul Schramm)

Somadas, são mais de 80 anos de história em dois prédios erguidos na Avenida Calógeras, próximos à Afonso Pena, em Campo Grande. A loja Casa das Linhas e a bicicletaria Ciclo Real se mantêm firmes e fortes em uma das regiões mais antigas da Capital, na lista das que se instalaram primeiro por ali e resistem ainda com ares do passado.

Os prédios são propriedades da família Dibo, uma das mais tradicionais de Mato Grosso do Sul. Valter Inácio da Silva aluga a casa para a Ciclo Real há mais de 30 anos. Já Juracy Sobrinho está a frente da lojinha de aviamentos junto de sua mulher há 16, mas preserva até os balcões de madeira de 5 décadas, do tempo em que o setor ainda rendia dinheiro. 

Fachada da bicicletaria Ciclo Real, localizada na Calógeras quase com a Afonso Pena. (Foto: Saul Schramm)
Fachada da bicicletaria Ciclo Real, localizada na Calógeras quase com a Afonso Pena. (Foto: Saul Schramm)
Caixa registradora é detalhe antigo da Ciclo Real.
(Foto: Saul Schramm)
Caixa registradora é detalhe antigo da Ciclo Real. (Foto: Saul Schramm)

As paredes rachadas, os pisos encerados erguem e carregam a história da Capital. Detalhes distribuídos pela bicicletaria deixam claro que a loja é antiga.

A Caixa Registradora no balcão divide espaço com um desktop de computador mais moderno. "Os dois funcionam perfeitamente bem", brinca Valter. As prateleiras confirmam os 30 anos de Ciclo Real, no prédio de mais de 80 anos.

Na Casa das Linhas, os imponentes balcões de madeira, o relógio e a cruz de frente para a fachada da loja comprovam a tradição da empresa no Centro de Campo Grande.

Os dois empresários já estão aposentados e têm nos espaços fonte de renda extra. Juracy saiu de São Paulo, onde foi dono de um terreno para estacionamento, em busca de qualidade de vida. Encontrou a Casa das Linhas à venda, soube que o estabelecimento era ponto histórico de Campo Grande e decidiu apostar na ideia. 

"A minha esposa costura, faz conserto em roupas, eu meio que caí de paraquedas no negócio do Armarinho", brinca ele. O espaço costuma ter movimento durante todo o dia: o preço e a boa localização, além da tradição, ainda conseguem atrair alguns clientes.

Já para o Valter, a situação da bicicletaria é bem diferente. O movimento, que há 10 anos era positivo, caiu drasticamente. "As pessoas preferem ir para o rumo que o Shopping está, o meu movimento subiu a Afonso Pena. As vezes pagam mais caro porque a loja do outro é mais bonita", diz.

Mas ele não vê isso como algo negativo. "É natural que isso aconteça. Sei que aqui já está com os dias contados. Não faço muita divulgação também, isso contribui". Independente do tipo de produto, se infantil ou adulto, costumam sair na mesma quantidade. 

O preço dos produtos vendidos por Valter é parecido com o dos concorrentes mais modernos, opr vezes ganha com peças mais baratas. O estoque fica escondido, na salinha da parte de trás do prédio. A intenção é ir vendendo o que sobrou até desativar a loja.

Na Casa de Linhas o que mais sai são aviamentos para bordados à mão e linhas de todos os tipos, para ponto cruz, crochê e tricô. "Nosso forte sempre foi o Armarinho", completa Juracy. O valor é mais em conta do que as grandes loja também do Centro da cidade, com linhas a partir de R$ 3,50 e lãs a R$ 12.

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Fachada da Casa das Linhas é um cantinho tradicional em Campo Grande, na Avenida Calógeras.(Foto: Saul Schramm)
Fachada da Casa das Linhas é um cantinho tradicional em Campo Grande, na Avenida Calógeras.(Foto: Saul Schramm)
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