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Comportamento

Buscando auto conhecimento, Gnósticos se reúnem na Capital

Filipe Prado | 26/07/2014 17:28
Mais de 850 pessoas se reuniram para estudar o gnosticismo (Foto: Marcelo Victor)
Mais de 850 pessoas se reuniram para estudar o gnosticismo (Foto: Marcelo Victor)

Cerca de 850 pessoas de 10 países se reuniram em Campo Grande para reestruturar a instituição gnóstica e atualizar a organização no país. Entre os estudos estão a sexualidade, não banalizando o ato sexual, também a relação pessoal com seres extraterrestres.

As teorias e ensinamentos utilizados pelos gnósticos não se diferem dos defendidos por católicos e evangélicos. A diferença é que a gnoses busca no conhecimento a intimidade com Deus. “Nós estudamos valores que unem a pessoa com Deus”, explicou o coordenador do evento, o médico Rafael Gadanhani.

O conhecimento adquirido ao longo dos anos não é novo, conforme Rafael, o gnosticismo foi gerado há milhares de anos, mas a palavra veio do grego, gnostikos, que significa conhecimento. Eles meditam sobre a honestidade, amor, solidariedade, entre outros sentimentos, que os colocam mais próximo do lado espiritual.

Diferente de como muitos imaginam, o ateísmo não está ligado ao gnosticismo. “Não somos ateus. Somos muito místicos e religiosos, estudamos sobre algo que não tem nome, tempo, espaço ou definição”, contou Rafael.

O sexo também é estudado por eles, muitos o caracterizam como sagrado. Alguns defendendo a banalização do ato, como eles chamam infra-sexualidade. Um dos tipos de sexo praticado é a supra-sexualidade, por muitos sábios, que precisa somente ser sentido.

“É uma sublimação”, alegou. A supra-sexualidade não depende do ato sexual em si, mas das emoções sentidas por ambos os companheiros, gerando uma energia que os atraem. Além disso, o sexo de maneira constante acaba perdendo o valor.

Daniel Santos Marques, 24 anos, concorda com os estudos sobre o sexo. Para ele o ato sexual não pode ser vulgarizado e é privativo. “É algo sagrado, que por ter sido vulgarizado e acabou perdendo o valor”, disse.

Para ele o sexo não é um tábu a ser discutido, mas não é algo que precisa ser contado a todos. “Para mim o sexo é algo muito privativo”, frisou.

Rafael explicou que a ideia é refletir sobre honestidade, amor, solidariedade, entre outros sentimentos. (Foto: Marcelo Victor)
Rafael explicou que a ideia é refletir sobre honestidade, amor, solidariedade, entre outros sentimentos. (Foto: Marcelo Victor)

O jovem veio do Rio de Janeiro para participar da convenção e partilhar da mesma harmonia filosófica. “A gnoses propõe o auto conhecimento. Aqui as pessoas seguem o mesmo pensamento, então é uma experiência de vida”, comentou o estudante.

Como no cristianismo, os gnósticos também estudam os anjos e arcanjos, mas são conhecidos, pela maioria das pessoas, como extraterrestres. “São pessoas em um grau angelical grande, que nos visitam para nos ajudar”, contou.

Mas Rafael afirmou, de acordo com os livros estudados, que muitas pessoas já tiveram um contato pessoal até mesmo constante. “Fazem contato com muitas pessoas, muitas vezes eles encontram as pessoas”, esclareceu.

Com 33 anos buscando este auto conhecimento, Daniel Bermeo, 52, veio da Colômbia para o Brasil participar da convenção. O gnosticismo para ele é “conhecer a si mesmo, vivendo a vida intensamente”.

Mas o motivo da estadia de Bermeo no Brasil é porque o “povo brasileiro necessita conhecer o gnosticismo”, recomendou o colombiano.

Convenção – A Convenção Gnóstica Internacional, aconteceu na Colônia de Férias, começou no dia 24 e vai até amanhã (27). 850 pessoas da Argentina, Uruguai, Chile, Bolívia, Equador, Colômbia, Guatemala, Paraguai e Venezuela ouviram sete conferencistas de fora do país.

Bermeo acredita que o Brasil precisa estudar o gnosticismo (Foto: Marcelo Victor)
Bermeo acredita que o Brasil precisa estudar o gnosticismo (Foto: Marcelo Victor)
Daniel afirmou que o sexo não pode ser vulgarizado (Foto: Marcelo Victor)
Daniel afirmou que o sexo não pode ser vulgarizado (Foto: Marcelo Victor)
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