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Comportamento

Cães inseparáveis fogem juntos e não se desgrudam até na hora da internação

Elverson Cardozo | 03/07/2014 06:34
Tico e Teco já não estão mais juntos, mas viveram uma relação de cumplicidade. (Foto:  Renan Kubota)
Tico e Teco já não estão mais juntos, mas viveram uma relação de cumplicidade. (Foto: Renan Kubota)

Hoje Teco já superou a morte de Tico, mas o início foi difícil. Perder o irmão mais querido não estava nos planos do cãozinho, que foi resgatado, junto com ele, na beira de um córrego, durante uma enxurrada em Campo Grande.

Os dois foram encontrados juntos, enroscados pelos pescoços, e permaneceram assim, carne e unha, até quando deu. Tico e Teco não estão mais juntos, mas o retrato deles está guardado com carinho por protetores e pela ONG Cão Feliz, entidade da qual se tornaram mascotes.

A amizade entre os cães é mesmo algo surpreendente. A fisioterapeuta Sara Marina Santos Espíndola, de 28 anos, sabe bem disso. Ela tem dois labradores, Linda e Peraba, que não se desgrudam por nada.

“Se um vai para o veterinário, o outro fica chorando. É assim na hora de passear também. São muito apegados. Comem e dormem juntos”, diz.

A dupla se dá muito bem. Linda só tem ciumes de Menina, uma Lhasa Apso que entrou para a família há 1 ao e seis meses. “As duas são apaixonadas pelo Peraba”, conta.

Na casa de Sara, Linda, Menina e Pereba vivem juntos. (Foto: Arquivo Pessoal)
Na casa de Sara, Linda, Menina e Pereba vivem juntos. (Foto: Arquivo Pessoal)

Tirando alguns desentendimentos nesse triângulo amoroso, os três são bons amigos. "Convivem super bem. Comem pertinho, ficam juntos no quarto”, conta a tutora.

Na casa do analista de controle de qualidade Sérgio Luiz Gama de Amorim, de 35 anos, a cumplicidade é entre Nina e Lola. Até na hora de fugir, as poodles, irmãs de ninhada, parecem combinar.

Há aproximadamente 6 meses, elas saíram da casa, durante uma distração do dono. Fugiram, mas ficaram juntas, mas não se abandonaram.

Nina e Lola estão, novamente, na casa de Sérgio. (Foto: Arquivo Pessoal)
Nina e Lola estão, novamente, na casa de Sérgio. (Foto: Arquivo Pessoal)

“Aonde uma ia a outra sai atrás. Acharam as duas juntas. A mulher pegou uma e outra começou a correr em volta, cercando”, relata.

A procura durou pouco mais de uma semana, mas a história terminou bem. Nina e Lola estão, de novo, em casa e continuam cúmplices. “Nunca teve brigas. Eles se respeitam muito. Dividem até o prato, que é o momento mais crítico da relação”, diz o dono.

Kiara e Félix, dois vira-latas resgatados pela ONG Cão Feliz, também são assim, mas o amor que um tem pelo outro vai além.

“Quando um tem que ser internado a gente não separa porque senão eles ficam chorando. Um dorme em cima do outro”, conta a presidente-fundadora da entidade Kelly Cristina Macedo, de 52 anos.

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