Caramelo é “recrutado” pela PM, vira soldado e participa de baile de gala
Cão policial, chamado 800, vivia na rua até aparecer no 7º Batalhão e começar a participar do treinamento

Com nome engraçado e muita fofura, não demorou muito para o cachorro caramelo, batizado de 800, conquistar o coração do soldado da Polícia Militar (PM) Pedro Henrique Figueiredo Barbosa, de 30 anos. Símbolo do País, o cão parecia determinado a ser um dos alunos e resolveu acompanhar o 7º Batalhão de Aquidauana pelas ruas. Dedicado aos treinamentos, ele conseguiu até se formar junto com a corporação.
RESUMO
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Um cão caramelo, apelidado de 800, conquistou a Polícia Militar de Aquidauana (MS) e se tornou um membro honorário da corporação. O animal acompanhava os treinamentos, corridas e até as aulas no auditório do 7º Batalhão. A dedicação de 800 lhe rendeu o nome em homenagem ao número dos soldados e o título de "ancião" da turma. O cão, inicialmente chamado de "Batedor" por latir para os carros durante as marchas, foi acolhido pelos policiais. Após um acidente em que quebrou a pata, o batalhão se uniu para custear a cirurgia e cuidar de sua recuperação. Disputado por vários militares, 800 foi adotado pelo soldado Pedro Henrique Figueiredo Barbosa e hoje vive com a família em Campo Grande, consolidando seu lugar não só na tropa, mas também em um lar.
A amizade dele com os soldados aconteceu aos poucos. Inicialmente chamado de “Batedor”, o bichinho de repente começou a visitar o batalhão, assistia às aulas no auditório, participava das corridas em grupo e das atividades. Pedro conta que o cão morava nas ruas e hoje se tornou parte da família.
O nome é devido ao número dos soldados. O 801 era, até então, o mais velho. Para fazer uma graça e pelo simbolismo, decidiram dar o título de ancião para o cachorro. Agora ele é o mais velho de todos. Pedro relembra que quando conheceu o cão, logo de imediato ele saiu para correr com a tropa e ficava latindo para os carros enquanto os alunos marchavam. Isso rendeu o apelido de “Batedor” para o caramelo.
“É um verdadeiro amigo, brincalhão e muito operacional. Assim como os cachorros caramelos viraram febre de meme na internet, o 800 também foi fora da curva. Na verdade, foi ele quem criou carisma primeiro: gostou tanto de nós, alunos em formação, que fazia questão de estar sempre ao nosso lado no dia a dia do curso. Com isso, acabamos nos apegando muito a ele. Se tornou um parceiro sem igual”, conta.
Na lista de feitos do cão estão entrar na Lagoa Comprida, participar das marchas, atravessar o Rio Aquidauana, participar das instruções e treinamentos físicos e até fazer patrulhamento a pé com a equipe pelas ruas da cidade.
“Nunca o obrigamos a nada e muito menos o expusemos a perigos. Pelo contrário, oferecemos alimentação, carinho, amor, vacinas, vitaminas e todo cuidado possível”, ressalta.
Segundo Pedro, 800 é um cachorro muito dócil e adora brincar. Inclusive já até sofreu um acidente por isso.
“O ápice da nossa união foi quando ele foi atropelado e quebrou a pata. Todo o batalhão se mobilizou para custear a cirurgia. O repouso foi revezado entre as casas de alguns militares e, às vezes, ele ficava fechado no batalhão para garantir a medicação e o tratamento no horário correto. Fizemos isso com muita satisfação, afinal, ele se tornou nosso verdadeiro companheiro de turma.”
O mascote também já enfrentou outros problemas de saúde, como a doença do carrapato, mas nunca deixou de querer participar. Como o grupo estava se formando, Pedro resolveu adotar o cão. A disputa para ver quem daria um novo lar a 800 foi grande.
“Muita gente queria ele. Infelizmente muitos já tinham cães, e de porte grande. Alguns ficaram bem abalados por não poder ficar com ele, por isso digo que foi um privilégio ficar. O pessoal da turma tem um carinho por mim também.”

Hoje o soldado está trabalhando em Miranda, mas a família está em Campo Grande com o cãozinho.
“Minha família ama ele demais. Minha esposa deixa até ele ficar dentro de casa, por mais que ele faça bagunça. Ele olha com uma carinha para ela e faz umas brincadeiras que a derretem. Brinquei esses dias com meu filho que iria devolver o 800 para Aquidauana e ele chorou sentido. Faz parte da nossa tropa de formação e agora também da minha família.”
Sobre trocar o nome do amigo de quatro patas, Pedro comenta que um dia alguém de Aquidauana o chamou de Wislou. “O 800 ficou bem marcante, acabou pegando. Aluno, soldado e agora combatente. Tinha até uma canção de treinamento que era: ‘AL 800... este é mais audaz... Nada, deita e rola", relembra.

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