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Comportamento

Com seios coloridos, mães e bebês passam a tarde no parque com "Peito de Páscoa"

Projeto foi criado pelo doula Fabina Jesus e já está em sua segunda edição

Thaís Pimenta | 25/03/2018 07:30
Fabina, de cinza, é a doula responsável pelo evento Peito de Páscoa. Na foto, pinta os seios de Francielle.(Foto: Roberto Higa)
Fabina, de cinza, é a doula responsável pelo evento Peito de Páscoa. Na foto, pinta os seios de Francielle.(Foto: Roberto Higa)

No ano passado, a doula Fabina Jesus Flores teve uma ideia diferente. Reuniu todas as mamães atendidas por ela na primeira edição do "Peito de Páscoa". Neste ano, o reencontro aconteceu ontem no Parque das Nações Indígenas, em uma tarde para falar de assuntos fundamentais na rotina de mães e bebês. "Gosto disso sabe, que elas se encontrem, conversem sobre suas experiências. É bom pra mim, pra elas, pros pais e até pros bebês", diz a doula.

Para entrar no clima da data comemorativa, Fabina pinta um dos seios de cada mulher, de forma artística, com o colorido dos ovos de Páscoa, para mostrar que nada substitui o leite materno nos primeiros meses de vida e que seios à mostra em locais públicos precisam ser vistos como os atos mais naturais na relação mãe e filho. 

A receptividade dos pequenos com os desenhos, na maioria das vezes, é bacana. Mas dentre tantas crianças, Enzo, de 2 anos e 1 mês, estranhou a pintura na mãe, Priscilla Cristiane Bigetti. O meninão negou o lado pintado e preferiu mesmo o que já estava acostumado. "Acho que ele estranhou né. Está tão acostumado com esse mamá, já são mais de dois anos com ele", brinca a mãe.

Enzo não quis o peito pintado. (Foto: Roberto Higa)
Enzo não quis o peito pintado. (Foto: Roberto Higa)

Por outro lado, as gêmeas Gabriela e Isabela, de um aninho, adoraram a experiência e já estão veteranas nesse negócio de mamar peito de Páscoa. A mãe, Fabricia, foi a única que teve os dois seios pintados. As pequenas se lambuzaram na tinta e saíram do evento com o rostinho todo pintado. 

"Eu gosto muito de amamentar. Já tenho uma filha de sete anos, a Duda, e ela mamou até os dois anos e meio. Com essas, pretendo continuar até os dois aninhos, mas tirei o mamá da noite porque pra mim é muito cansativo", comenta a mãezoca, emocionada com o sonho realizado: "sempre quis ter gêmeos".

Fabricia é mãe de gêmeas. (Foto: Roberto Higa)
Fabricia é mãe de gêmeas. (Foto: Roberto Higa)

Bárbara Caveloni, de 22 anos, era a mãe mais jovem da turma. Isadora, a filha, também participou da primeira edição do evento em 2017. Na época, era recém nascida e, ontem, já estava caminhando para todos os cantos e comendo de tudo.

"Ela é meu presente. Dias antes de descobrir que estava grávida, tinha marcado a minha cirurgia para retirar o útero pois a minha antiga médica dizia que era impossível eu ter um filho. Sempre quis ser mãe e vê-la assim já tão grande é especial demais", diz Bárbara.

Amamentação não é tabu nenhum para as duas, mas Bárbara já passou por situações de preconceito por estar alimentando a filha em público. "Estava na fila da biometria e uma mulher falou pra mim que o marido dela estava vendo o meu peito. Eu respondi: 'tampa o olho dele', sem medo nenhum".

Para ela, amamentar é um momento importante e diz que vai continuar enquanto for bom para as duas. "Mamá é afeto, colo, segurança, não é só alimento. É um momento íntimo que só nós duas temos", finaliza.

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Momento de reunião entre as mães, a família e também entre os bebes. (Foto: Roberto Higa)
Momento de reunião entre as mães, a família e também entre os bebes. (Foto: Roberto Higa)
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