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Comportamento

Data celebra chance de reviver amor aos filhos, mas de jeito diferente

Thailla Torres | 26/07/2017 14:04
Neuza é avó de 7 e comemora ser melhor amiga de todos. (Foto: Thailla Torres)
Neuza é avó de 7 e comemora ser melhor amiga de todos. (Foto: Thailla Torres)

Apesar da lembrança neste 26 de julho, o Dia dos Avós ainda é uma data desconhecida para quem vive a rotina de ser vovó ou vovô todos os dias. Mas, para aproveitar a ocasião, o Lado B foi às ruas conversar conversar com elas, que além de falarem sobre o que a data significa, aproveitaram o espaço para romper com esteriótipos de que ser avó ou avô é aquela figura idosa, dentro de casa, a espera de uma visita.

Ela parecem mais animadas do que nunca, e claro, cada vez mais jovens, autênticas e dispostas à felicidade ao lado dos netos. O título de vó ou vô, inclusive, é oportunidade de vida nova, principalmente para quem deixou uma trajetória de luta como mãe para trás.

Aos 47 anos, Andrea tem 12 netos. (Foto: Thailla Torres)
Aos 47 anos, Andrea tem 12 netos. (Foto: Thailla Torres)

Lucélia Oliveira Lima, de 51 anos, tem só motivos para comemorar. O sorriso denuncia a felicidade quando questionada sobre ser avó de uma geração tão independente. "Falam que os netos estão cada vez mais distantes da gente, não é? Mas eu sinto ao contrário, sou mais amiga dos meus netos do que fui dos meus filhos. Pra falar a verdade ser avó pra mim é fazer tudo que eu não consegui quando fui mãe pela primeira vez", conta.

A rotina de Lúcelia sempre foi conciliar a criação dos filhos com o trabalho. Exerceu ofícios de faxineira, cozinheira e babá durante muitos anos, o que limitava o tempo com os filhos dentro de casa. "Eu nunca consegui sentar no chão com minhas filhas para brincar de boneca. Hoje eu sento com as minhas netas, crio uma brincadeira com elas, brincamos de stop e elas me ensinam a ser mãe novamente", comemora.

Animada, Neuza Maria dos Santos, de 58 anos, recorda que os melhores momentos da maturidade são ao lado dos netos. É nessa relação que ela descobriu a paciência, compreensão e amizade. "Sim, meu netos são meus amigos. Fim de semana a gente toma uma cervejinha com os mais velhos e vai ao parque com os pequenos. Não relação melhor nessa vida".

Para Neuza, o desafio é lidar com tanta novidade que geralmente vem da geração dos netos. "Principalmente tecnologia, né? Mas eles me ensinam tudo. Isso é muito bacana. E a gente conversa sobre todos os assuntos".

Lucélia comemora a brincadeira com os netos. (Foto: Thailla Torres)
Lucélia comemora a brincadeira com os netos. (Foto: Thailla Torres)
Marinêz deseja que toda avó seja chique. (Foto: Thailla Torres)
Marinêz deseja que toda avó seja chique. (Foto: Thailla Torres)

Já Andrea Barros da Silva, de 47 anos, tem experiência de sobra quando o assunto é ser avó. Com 12 netos em casa, ela diz que nem os amigos acreditam. "Tem gente que acha que eu sou mãe deles, mas meus netinhos sempre afirmam que eu sou a vovó", conta.

No fim de semana a casa é uma bagunça, mas é o que traz felicidade, garante. "Eu tive filho aos 15 anos, depois passei a vida trabalhando para cuidar deles. Hoje a maior alegria é reunir aquela criançada com aquele bando de brinquedo pela casa. E olha que eu não fico só cuidando deles, a gente aprende muito com os netos", pontua.

Andrea diz cresceu em fazendas e teve pouco contato com avanços tecnólogicos, e hoje, são os netos que a ensinam ser uma avó moderna e autêntica. "Tecnologia eu não sei nada, eles me explicam tudo, eu acho um barato ser avó dessa geração", sorri.

Dona Marinez Ariane, de 62 anos, é uma avó cheia de saudade. Ela conta que a única neta mora na Itália, tem pouco contato, mas é cheia de orgulho da avó que se tornou apesar da distância. "Eu acho que ser avó nos tempos de hoje é um desafio, a gente enfrenta muitas barreiras, porque nada é igual do que a gente foi para nossos filhos. Antigamente uma avó de 40 anos estava cansada dentro de casa. Hoje a gente tem toda liberdade para se soltar, ser uma vovó chique e elegante. Eu amo ser avó hoje em dia", declara.

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