Louco por elas, Rafael já ficou cara a cara com mais de 100 sucuris
Com milhões de visualizações nas redes, sul-mato-grossense que era professor hoje ganha a vida com a internet
Conhecido como ‘Rei das Sucuris’, Rafael Gandine, de 38 anos, tem uma rotina que deixa muita gente aflita só de imaginar. Morador de um assentamento em Jateí, o pescador e digital influencer já ficou frente a frente com mais de 100 sucuris, muitas delas gigantescas, com mais de oito metros de comprimento.
“Com certeza foram muito mais de 100, a maior delas tinha mais de oito metros. Tenho vídeos de muitas que já vi, outras não deu tempo de filmar”, conta. Segundo ele, as condições da região onde pesca favorecem o surgimento das cobras comuns em Mato Grosso do Sul.
“Eu pesco em tudo quanto é lugar aqui em Jateí. O rio principal é o Guiraí, mas tem vários pequenos córregos e rios que desaguam nele. A região é cheia de brejos e matas fechadas, então é comum ver sucuri por aqui”, detalha.
Formado em educação física, Rafael era professor em escolas de Jateí. No entanto, os vídeos que fazia durante as pescarias de hobby, viraram a única fonte de renda há cerca de 6 anos. Hoje, o pescador virou digital influencer e vive de mostrar ao mundo a rotina no Cerrado.
“Tenho meus canais e meu trabalho é gravar o que encontro por aí. Vivo disso”, relata. Só no Youtube, os vídeos postados por ele somam um total de 121 milhões de visualizações. No Tik Tok, são mais de 562 mil curtidas e outros milhões de visualizações somadas.
Foi mostrando a rotina nos rios e de tanto se deparar com o animal selvagem, que Rafael ganhou o apelido de “Rei da Sucuri”. Segundo ele, o segredo para não ser atacado é ter atenção. “Você tem que prestar atenção, porque ela se camufla”, alerta.
Mas, até para quem é experiente, existe risco. Recentemente, Rafael viveu um susto daqueles ao ser mordido por uma sucuri. “Eu acredito que eu pisei em cima dela. Quando eu entrei dentro ela estava escondida, aí quando eu pisei nela, ela grudou na minha perna”, relata.
A mordida aconteceu no lago esvaziado de um amigo. “Quando eu olhei para trás eu senti que ela pegou na minha perna”, descreve. Apesar do susto, ele teve ferimentos leves e não precisou de pontos. “Ficou muita a marca dos dentes dela. A que me mordeu não era tão grande, tinha uns três metros”, explica.
Rafael também já flagrou outras cenas que só a vida em Mato Grosso do Sul permite ver. “Já vi onça, jacaré. Já vi sucuri comendo uma capivara, bem de pertinho na beirada da estrada. Já vi outra comendo uma raposa também. São coisas comuns por aqui”, afirma..
Apesar dos perigos, Rafael não abre mão da vida que escolheu. “Eu gosto muito. Não troco essa vida por uma vida dentro do escritório não. Eu gosto de pescar, estar no meio do mato pegando meu peixe, fritando ali mesmo. Ter essa conexão com a natureza é uma coisa boa demais”, avalia.
A filmagem e produção dos vídeos ele faz sozinho, em uma rotina de trabalho de segunda a sexta-feira. “Eu gosto de pescar e fazer os vídeos nesses cinco dias. Tem que produzir para guardar conteúdo porque quando fecha a pesca não dá para fazer”, finaliza.
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