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Consumo

Marmoristas fazem bolsas de pedra e vendem peças em leilão de grife

Longe do bruto, profissionais quiseram mostrar que também podem fazer obras delicadas para ajudar ONG

Por Natália Olliver | 17/10/2025 06:54

Para mostrar que os “brutos” também podem transformar pedras em arte, marmoristas resolveram usar da delicadeza para fazer bolsas de grife. Os modelos surpreenderam tanto que a história acabou até em leilão. Os 10 modelos fazem parte do que eles chamaram de coleção Cultch Gaia. Cada bolsa pesa de 2 a 4,5 kg. Para ter uma, será necessário desembolsar de R$ 1.500 a R$ 2.500 no lance mínimo.

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Marmoristas de uma empresa em Campo Grande criaram uma coleção exclusiva de bolsas decorativas feitas em mármore, que serão leiloadas para ajudar a ONG Maná do Céu. A coleção Cultch Gaia conta com 10 peças únicas, pesando entre 2 e 4,5 kg, com lances mínimos variando de R$ 1.500 a R$ 2.500. A iniciativa, idealizada pela empresária Angélica Fernandes Pereira, visa demonstrar o potencial artístico dos profissionais da marmoraria. As bolsas foram confeccionadas com diferentes tipos de mármore, incluindo Quartzito Emerald Green e Blue Prime, além de acabamentos em corda, madeira e correntes. O leilão será realizado no dia 18 de novembro.

As peças estão sendo leiloadas para ajudar a ONG Maná do Céu e foram feitas em diferentes tipos e cores de mármore, com acabamentos em corda, madeira e correntes.
A ideia surgiu da dona da marmoraria, Angélica Fernandes Pereira. Segundo ela, além de ajudar com o valor das bolsas, o intuito foi mostrar para os próprios funcionários que homens que vivem em fábricas assim também podem produzir verdadeiras obras de arte.

“A gente quis sair da bolha para produzir algo que é fora do comum com as pedras que sobram. Trazer a criatividade, a lapidação. O sentido não é só vender, mas trazer a forma mais artística e despertar neles isso. A rocha tem essa possibilidade e traz isso da transformação.”

A bolsa, embora tenha formato de uma, não é para sair por aí desfilando. Primeiro pelo peso, segundo porque ela não abre. É um item decorativo.

“A pessoa vai comprar uma peça decorativa para ficar junto com as bolsas de luxo dela. Será uma herança que vai durar anos. A gente trabalhou várias frentes nesse projeto. Foram 10 bolsas, cada uma criada pelo próprio marmorista. Não desenhei nem trouxe outra pessoa para ensinar eles. Queria mostrar que não é porque é homem em chão de fábrica que não pode fazer obra de arte.”

Marmoristas fazem bolsas de pedra e vendem peças em leilão de grife
Modelos foram feitos usando vários tipos de mármore, com corda, madeira e correntes (Foto: Arquivo Pessoal)

Essa é a primeira vez que ela faz algo do tipo. O resultado foi tão surpreendente que talvez tenha uma segunda edição, ainda sem data e produto definido.

“Eu sinto que o propósito da nossa empresa e da nossa marca foi lapidado nas nossas peças: eternizar as rochas naturais com arte. Entender que isso sai da natureza, mas entra na nossa casa em forma de arte. O quanto a gente pode acreditar nesse projeto, da pessoa em fazer a ação e as crianças receberem as ações no futuro com o fruto desse leilão.”

Ela comenta que se apaixonou pela bolsa Esmeralda, feita com Quartzito Emerald Green. O verde intenso com orgânicos celebra a força e a elegância natural. Essa tem o lance mais alto: R$ 2.500.

Marmoristas fazem bolsas de pedra e vendem peças em leilão de grife
Alguns dos marmoristas responsáveis pelas bolsas de grife (Foto: Aqruivo pessoal)

Falando nos modelos, os outros são: Forest, feita com Quartzito Rian Forest Brown. Ela tem tons terrosos e os “riscos” lembram as raízes. A peça é uma mistura de rusticidade e elegância. A Prime, feita com Quartzito Blue Prime, tem a cor azul com faixa central terrosa. Ela é símbolo de autenticidade e estilo artesanal, segundo o autor.

A bolsa Calacatta Oro, feita em mármore dolomítico com branco e dourados, tem a ideia de expressar luxo e, ao mesmo tempo, minimalismo. A Deep, moldada com Quartzito Blue Deep, também é feita com azul, mas no tom oceânico e reflexos dourados. Ela une sutileza e energia. A Flame, lapidada com Quartzito Red Evolution, mostra o tom vermelho vibrante que traduz paixão e movimento artístico.

Já a Taurus, feita com Granito Black Taurus, vem com o preto e dourado para transmitir poder e presença marcante. A bolsa Rubra, desenvolvida com Quartzito Red Evolution, tem o vermelho mais profundo com geodo central. Ela é símbolo de luxo natural, segundo o autor.

Marmoristas fazem bolsas de pedra e vendem peças em leilão de grife
Bolsas foram feitas e colocadas a leilão para ajudar ONG (Foto: Arquivo pessoal)

Na madeira, há a bolsa Savana, feita com MDF e Granito Alpinus. Ela mistura madeira e rocha e tem um design orgânico e atemporal. Por último, e não menos importante, a Carmel, também feita com MDF Carmel, mas com cristal de quartzo. O calor da madeira e o brilho do cristal dão simplicidade sofisticada à peça.

“Depois que eu vi essas bolsas, fiquei louca. Eu, por exemplo, na bolsa verde pagaria até uns R$ 3.500, pensando em tudo o que conheço. Eu sou uma marmorista, sei do trabalho que dá. Elas não têm valor. A ONG está passando por dificuldade, e a ideia é a caridade. Se colocasse muito barato, não iria ajudar. É um trabalho artesanal. Rocha não tem valor e vai durar muito. Eu estou na expectativa de arrecadar mais que o lance mínimo.”

Os responsáveis pelas obras foram os marmoristas Tahilson, Lucas Felipe, Emanuel, Marcelo, Lucas Larreia, Altamir, Marcelo Willian e Stile Decor. Os lances podem ser feitos até esta sexta-feira (17), de forma online e leilão será no sábado (18) .

Para mais informações entre em contato com a Casa do Mármore, empresa responsável pela confecção das bolsas, pelo número (67) 33254808 ou pelo Whatsapp (67) 99923-4192.

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