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Consumo

Com “Caipirocona” e móveis improvisados, bar surgiu de ideia na mesa do boteco

O Bar Gaceira's funciona há quatro meses em Campo Grande e surgiu após uma conversa entre amigos

Alana Portela | 23/06/2019 08:36
Da esquerda para direita, Douglas, Elany segurando o "Caipirocão" em uma taça de 1 litro, e Alex (Foto: Henrique Kawaminami)
Da esquerda para direita, Douglas, Elany segurando o "Caipirocão" em uma taça de 1 litro, e Alex (Foto: Henrique Kawaminami)

Cansados do preconceito e dos olhares “tortos” contra LGBTQ (Lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, queer), Douglas Eger, Elany Guimarães e Alex Gonçalves resolveram abrir o “Bar Gaceira’s” para atender a diversidade. Na rua Padre João Crippa, no centro de Campo Grande, o trio serve a “Caipirocona”, preparada com cachaça e limão, e servida em uma taça de 1 litro.

O espaço, com decoração rústica feita com móveis improvisados de paletes e carretel de cabo de madeira, funciona há quatro meses.

A proposta é não ter rótulos e receber todos que não tem preconceito e maldade. “Vimos essa necessidade, faltava um bar onde gostássemos de ir, que nos sentiríamos a vontade, sem recriminação, sem ninguém ficar de olho torto. Um espaço que as pessoas se sintam confortáveis”, explica Douglas sobre o conceito do Bar Garceira’s.

Ele é comissário de bordo, enquanto Alex trabalhava como coordenador em uma escola e Elany é contadora. Os três são amigos de longa data e sempre que conseguiam, se encontrava para beber e jogar conversa fora. “Nunca voltava no cedo e um dia tivemos a vontade de empreender, mas não sabíamos no que. Brincando, falamos que sabíamos beber”, contou Alex sobre como surgiu a ideia do bar.

O nome Bar Gaceira’s foi decidido também no momento de descontração. “Zuando escolhemos o nome bagaceira, todos aceitaram”, completou.

Mesa feita com carretel de cabo de madeira (Foto: Henrique Kawaminami)
Mesa feita com carretel de cabo de madeira (Foto: Henrique Kawaminami)
O bar está em clima de festa junina com bandeirolas (Foto: Henrique Kawaminami)
O bar está em clima de festa junina com bandeirolas (Foto: Henrique Kawaminami)

A decoração foi preparada em um mês e contou com a ajuda de amigos e familiares. Eles ganharam um jogo de banco de madeira, conseguiram doações de paletes e até de carretel, que cortaram e fizeram de mesa. “A mão de obra foi ganhada. Todos fizeram sua parte, parecia uma marcenaria”, lembraram Douglas e Alex sobre os preparativos para inaugurar o local.

No chão do bar, um palco feito de palete serve tanto para apresentações quanto para tirar fotos mostrando as paredes decoradas. 

No banheiro feminino, o espelho grande pendurado em uma corrente e a luz vermelha foi instalada especialmente para as clientes fazerem as suas selfies.

Para animar a galera, as noites no Bar Garceira’s contam apresentações musicais MPB (Música Popular Brasileira), samba e sertanejo. “Colocamos as opções no Instagram e as pessoas que quiserem alguém específico podem pedir que estaremos analisando as sugestões. Queremos fazer o que o povo gosta”, falaram os proprietários.

Alex conta como surgiu a ideia do bar (Foto: Henrique Kawaminami)
Alex conta como surgiu a ideia do bar (Foto: Henrique Kawaminami)
Douglas é comissário de bordo mas decidiu se juntar com os amigos para investir no bar (Foto: Henrique Kawaminami)
Douglas é comissário de bordo mas decidiu se juntar com os amigos para investir no bar (Foto: Henrique Kawaminami)

Bebidas - As bebidas variam de R$ 6,00 (para cerveja) a R$ 30,00 (um drink). Os nomes no cardápio são inspiradas nos filmes favoritos dos proprietários. “A rainha do deserto” leva amarula com leite condensado e conhaque, “Azul é a cor mais quente” é a combinação de gin, tônica e especiarias, e tem o “Queer as Folk”, na verdade a clássica Pinã Colada com rum, suco de abacaxi, leite de coco e leite condensado.

Os clientes podem experimentar ainda o “Do começo ao fim”, com rum, açúcar, limão, água gaseificada e hortelã. Entre os drinks também está o “The L Word”, que faz referência a uma série que mostra a vida de lésbicas e bissexuais, e no bar, é foi com caipirinha, em uma versão mais ousada, que o menu de drink's ganhou fama. A “Caipirocona” sai por R$ 18,00. Tem também a bebida “Gaiola das loucas” e a “Hoje eu quero voltar sozinho”, que é preparado para o motorista da rodada, com limão, leite condensado e creme de leite, sem álcool.

Jogo de cadeira que Alex, Douglas e Elany ganharam para o bar (Foto: Henrique Kawaminami)
Jogo de cadeira que Alex, Douglas e Elany ganharam para o bar (Foto: Henrique Kawaminami)
Caipirinha no copo de 450 ml, ao lado uma taça de 1 litro (Foto: Henrique Kawaminami)
Caipirinha no copo de 450 ml, ao lado uma taça de 1 litro (Foto: Henrique Kawaminami)

Para matar a fome, porções de frango a passarinho, batata frita, calabresa são preparados no local. Por ser três sócios, eles se dividem nas tarefas. “Fizemos um curso de manipulação de alimentos antes de abrir o bar”, contou Douglas.

O local funciona na rua Padre João Crippa, 1688, de terça a quinta das 17h30 à meia-noite e nas sextas, sábados e vésperas de feriado é das 18h às 3h da madrugada.

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As paredes estão decoradas com quadros comprados pela internet (Foto: Henrique Kawaminami)
As paredes estão decoradas com quadros comprados pela internet (Foto: Henrique Kawaminami)
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