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Consumo

Em bar, loja que nasceu do amor de mães tem talento de 8 mulheres

Coletivo Madre Loca começou para apoiar mulheres empreendedoras e neste ano inaugurou loja colaborativa

Jéssica Fernandes | 15/02/2023 06:20
Loja física reúne trabalho de oito mulheres no espaço do Laricas Cultural. (Foto: @olhaosframes)
Loja física reúne trabalho de oito mulheres no espaço do Laricas Cultural. (Foto: @olhaosframes)

Sabonetes artesanais, escalda pés, peças upcycle, zines, prints, brincos personalizados, carteiras estampadas, bolsa shoulder, roupas de crochê e por aí vai. Os produtos são produzidos por um grupo de mães empreendedoras que integram o coletivo ‘Madre Loca’ e que neste mês inauguraram juntas a primeira loja física.

A loja fica dentro do Laricas Cultural no Centro de Campo Grande e reúne a produção de oito artistas mulheres. O espaço físico para comercialização é uma conquista após três anos desde a criação do coletivo no começo da pandemia.

A fundadora Patrícia Rodrigues, de 42 anos, comenta que a inauguração da loja no começo de fevereiro só foi possível graças a uma parceria importante.

“A oportunidade surgiu por iniciativa da gestora do Laricas, Luanna Peralta que tem como história de vida e conceito do espaço cultural e o empreendedorismo feminino. Nós, as "madres", já éramos parceiras do Laricas, pois desde o fim da pandemia e reabertura dos espaços culturais vínhamos fazendo eventos uma vez por mês no local com a preocupação de sempre ter espaço para as mães, seus filhos e a comercialização dos produtos autorais produzidos por elas”, explica.

Antes das produções estarem disponíveis permanentemente num lugar só, elas realizam feiras na cidade. A logística, segundo a estilista, não era fácil para as mães.  “Imagina pra uma mãe sair, expor, carregar, montar, atender, cuidar do filho presente e depois desmontar? É muito cansativo”, fala.

O local físico administrado de forma colaborativa deu um novo fôlego para as mães que podem trabalhar e conciliar a maternidade. As empreendedoras trabalham em esquema de rodízio para sempre ter uma na loja. O intuito, conforme Patrícia, é que mais mães possam participar do projeto. “Gostaríamos de num futuro próximo possa aglutinar um maior número de mães que buscam a mesma alternativa”, afirma.

(À esquerda) Patrícia Rodrigues e Erika Pedraza com o quadro 'Madre Loca'. (Foto: @olhaosframes)
(À esquerda) Patrícia Rodrigues e Erika Pedraza com o quadro 'Madre Loca'. (Foto: @olhaosframes)

De acessórios a desenhos -  Erika Pedraza, de 34 anos, é uma das idealizadoras do coletivo e também levou algumas das produções para o espaço. Ela comercializa prints por R$20 e zines a R$ 15.

Os desenhos têm estilos variados e servem como vitrine do trabalho dela. Erika comenta sobre o período que trabalha com arte e o foco da loja Madre Loca. "Eu sou professora e artista, dou aulas há 8 anos e como artista tenho 13 anos de carreira. Na loja, os produtos são maioria autorais, a gente preza muito essa visão de peça única”, ressalta.

Na linha vestuário, o público encontra a marca Boli Boli da Patrícia Rodrigues, que na semana passada deu detalhes sobre a construção da marca que começou há 20 anos. 

Prints e zines expostos e comercializados por Erika(Foto: @olhaosframes)
Prints e zines expostos e comercializados por Erika(Foto: @olhaosframes)

Seguindo o conceito 'upcycle', a arte educadora customiza e recria peças na linha editorial do reggae e expressionismo abstrato. São 50 roupas autorais expostas, como vestidos, saias, blusas, camisetas, shorts, macacão, blusa e calça. Os preços vão de R$ 50 a R$ 350.

Outra opção de vestuário são as peças em crochê feitas por Márcia Lobo. Vestidos, regatas, blusa topdown, saias e conjuntos são algumas das opções. A empreendedora também cria acessórios para completar o look, como brincos e colares de crochê. Os modelos são variados e os brincos saem a partir de R$ 10. As roupas custam entre R$ 120 a R$ 220.

Para quem ama sabonete artesanal, o espaço traz produções de duas marcas diferentes: a Aguapé Saboaria e Encantos do Cerrado. A primeira marca pertence a Laiza dos Santos, que ano passado teve a história contada no Lado B.

Prateleira com sabonetes artesanais da Aguapé Saboaria e Encantos do Cerrado. (Foto: @olhaosframes)
Prateleira com sabonetes artesanais da Aguapé Saboaria e Encantos do Cerrado. (Foto: @olhaosframes)

Laiza produz sabonetes pequenos que custam R$ 15 e grandes que saem a R$ 20. Eles são feitos  com alecrim, cravo e canela, lavanda, erva-doce, calêndula, camomila, argila verde e preta. Além dos sabonetes, a saboeira faz velas aromáticas para massagem corporal com cera de coco, cera de carnaúba, manteiga de cupuaçu e óleos essenciais.

Já a Encantos do Cerrado, que pertence a Jackeline Icassanti Martins Messias, traz uma linha de hidratantes de morango, abacaxi, maracujá, sabonete de argila, alecrim, erva-doce, dolamita, canela, sal grosso, enxofre e barbatimão, máscara de argila e escalda pés. Os produtos saem de R$ 8 a R$ 25.

A Thais Camargo é a proprietária da Skulls Ateliê que também tem alguns dos produtos disponíveis no Laricas. Ela faz bolsa shoulder bag com estampa de oncinha, lisa, personalizadas com nome de banda, carteiras, além de cross bags, mochilas, porta-moedas, porta-cartões e documentos. Os produtos custam entre R$ 10 a R$ 190.

Brincos de pompom rosa e colar integram coleção de Carnaval da La Coisaria. (Foto: @aliccerds)
Brincos de pompom rosa e colar integram coleção de Carnaval da La Coisaria. (Foto: @aliccerds)

Proprietária da La Coisaria, Jéssika Rabello está com uma coleção de Carnaval cheia de acessórios coloridos. Choker, colares, brincos de argola, com fitas coloridas, pompom e com detalhes de conchas e corações são alguns dos itens. Os preços são de R$ 13 a R$ 25.

Outra marca que representa a linha de acessórios é a Bad Girls Brincos. As peças têm formatos de romã, cogumelo, sol, lua, godê, espada de São Jorge e por aí vai. O trabalho artesanal sai a partir de R$ 15.

Quem quiser conhecer o coletivo o perfil no Instagram é @madreloca2021

A loja está localizada no Laricas Cultural, que fica na Rua Antônio Maria Coelho, 1663, Centro. O horário de funcionamento é de terça-feira a sábado, das 17h30 às 22h.

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