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Consumo

Lucas vende macramê e dá história sobre vida nômade de brinde

Ao adquirir um macramê feito pelo campo-grandense Lucas de Lima, formado em Direito, você faz mentalmente as viagens junto com ele

Thailla Torres | 10/07/2020 06:55
Lucas é dono do perfil Macramê Mochileiro e conta como artesanato tem a ver com a vida diferente que escolheu ter. 
Lucas é dono do perfil Macramê Mochileiro e conta como artesanato tem a ver com a vida diferente que escolheu ter.

Comprar um artesanato, às vezes, é como abrir a primeira página de um livro: o melhor é se deixar levar pela história. Assim, permite que a pessoa que produz, como bom criativo que é, te conduza para alguma história interessante. Desse jeito você pode acabar embarcando numa viagem de mochilão pela América do Sul ou por todo Nordeste brasileiro, quem sabe até encarar uma viagem com pouco dinheiro no bolso e descobrir que é possível ser feliz assim.

Ao adquirir um macramê feito pelo campo-grandense Lucas de Lima, formado em Direito, é que você faz mentalmente as viagens descritas acima. Isso porque além de entregar o artesanato, o menino, que não tem receio de falar, gosta mesmo é de contar suas aventuras por trás do artesanato.

Só sua página no Instagram com nome ‘Macramê Mochileiro’ revela que há algo ali a ser escutado, mais do que comprado.

Lucas viajava de mochilão pelo Nordeste quando a pandemia pausou seus sonhos no mês de março. O jeito foi pegar a mochila e voltar para casa. Por aqui, o trabalho com macramê continuou e virou fonte de renda.

Artesanato é feito sob encomenda. 
Artesanato é feito sob encomenda.

De suporte para plantas até cadeiras e cortinas, Lucas faz de quase tudo com a linha. O trabalho é sob encomenda e o preço varia de acordo com o tamanho e modelo escolhido pelo cliente. Mas há suporte simples para planta a partir de R$ 40,00, por exemplo.

De brinde, qualquer um pode levar para casa suas vivências com artesanato que virou, também, instrumento de sobrevivência e ensino por onde passou. Ao escutar o que ele viveu, o máximo que pode acontecer é você se apaixonar pela vida nômade e fazer planos pós-pandemia. “Sei que quero continuar viajando, mas por enquanto prefiro segurar a onda e esperar. Mas quero voltar para essa vida”, diz.

O primeiro mochilão dele ocorreu em 2018, no Peru, quando viajou por um mês durante as férias do último ano de Direito. A viagem reuniu diversão e voluntariado, onde pode descobrir como era possível viver com menos do que ele já tinha ou achava que deveria ter.

Depois escolheu viajar pela América do Sul até encarar uma viagem mais longa pelo Nordeste. Viagem que era para durar só poucas semanas e virou uma jornada de meses. Uma vida nômade, como ele define, pautada em trabalho em hostels, artesanatos e um serviço de troca que, garante, traz felicidade sim.

Lucas ensinando macramê durante mochilão pelo Nordeste. 
Lucas ensinando macramê durante mochilão pelo Nordeste.

“Desde muito novo sempre fui estimulado a viajar e com o passar dos anos descobri que é possível percorrer o mundo de formas mais baratas, não tão convencionais, fazendo coisas interessante que possibilitam ter uma rotina no local”, explica.

A viagem preferida dele não se resume a uma cidade, mas na viagem que ele consegue ter tempo para criar laços afetivos. “Percebi que muita gente faz esse sistema de troca e ele te permite conhecer histórias, pessoas, fazer amizades, construir esses laços tão significativos na vida.”

O mais interessante, diz ele, é perceber que não é preciso ter muita coisa. Na última viagem, tudo o que ele precisava era levado dentro de uma mochila de 8 quilos, que até tinha espaço para abrigar uma rede de presente à mãe. “Eu percebo várias mudanças que aconteceram na minha vida. Hoje sou um homem de poucas coisas, apenas um bom par de tênis para sair, três calças, por exemplo, coisas que antigamente eu tinha muito no guarda-roupa e hoje não sinto mais a necessidade de comprar.”

A distância durante as viagens também fez Lucas dar mais valor aos significados que envolvem a família. “Descobri que a comida de casa e o carinho, o aconchego da família, são preciosos, que devemos valorizar. Ao mesmo tempo, pude perceber que a gente pode ter muitas famílias pelo mundo, se nos deixamos levar pela vida, ouvir e conhecer novas pessoas”, finaliza.

Quem quiser ouvir suas histórias e adquirir o macramê feito por Lucas pode entrar em contato com ele pelo WhatsApp (67) 99974-7060 (clique aqui).

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Lucas produz suporte de plantas, cortes e enfeites de parede. 
Lucas produz suporte de plantas, cortes e enfeites de parede.


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