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Teatro recebe desfile de coleção que une povos originários e cultura pantaneira

Por Thailla Torres | 12/09/2025 08:41
Teatro recebe desfile de coleção que une povos originários e cultura pantaneira
No lado preto do tabuleiro imaginado por Fábio, aparecem o Pantanal e seus peões; Já no lado branco, a presença indígena é central. (Foto: Ana Carolina Fonseca)

No dia 26 de setembro, o Teatro Aracy Balabanian, no Centro Cultural José Octávio Guizzo, recebe a nova coleção do estilista Fábio Mauricio. Batizado de “Xeque Mate”, o desfile reúne 32 modelos, metade deles mulheres indígenas, em uma narrativa que transforma o tabuleiro de xadrez em retrato da diversidade cultural de Mato Grosso do Sul.

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Nova coleção do estilista Fábio Mauricio celebra a diversidade de Mato Grosso do Sul. Intitulada "Xeque Mate", o desfile, marcado para o dia 26 de setembro, às 20h, no Teatro Aracy Balabanian, utiliza o xadrez como metáfora da riqueza cultural sul-mato-grossense. A entrada é gratuita. Com 32 modelos, metade indígenas, a coleção explora contrastes entre o universo pantaneiro e a cultura dos povos originários do estado. O lado preto do tabuleiro representa o Pantanal, com peões pantaneiros, torres militares e bispos que simbolizam a religiosidade. Já o lado branco destaca a ancestralidade indígena, com referências a esculturas, bandeiras e influências culturais de países fronteiriços como Paraguai e Bolívia. A parceria com artistas indígenas, como Bryan Soares e Sulyvan Barros, reforça a importância da representatividade na coleção.

Natural de Rondônia e radicado em Campo Grande desde 2003, Fábio já criou mais de trinta coleções e inúmeros figurinos. Desta vez, aposta em um jogo de contrastes para traduzir símbolos, encontros e confrontos que moldam a identidade do Estado.

No lado preto do tabuleiro imaginado por Fábio, aparecem o Pantanal e seus peões pantaneiros, as torres que remetem ao militarismo de Ladário e Corumbá e os bispos inspirados na devoção popular, como a festa de São João e a fé em Nossa Senhora do Pantanal. Tudo reinterpretado por uma estética que mescla rock’n’roll e fetiche.

Já no lado branco, a presença indígena é central. Os oito povos originários do Estado assumem o papel de peões, enquanto as torres evocam as esculturas de Conceição dos Bugres e a bandeira de Mato Grosso do Sul. Nos bispos, aparecem as influências culturais do Paraguai e da Bolívia, revelando o caráter fronteiriço da região.

Para o estilista, era impossível falar de Mato Grosso do Sul sem incluir quem carrega sua ancestralidade. Por isso, 16 modelos indígenas estarão na passarela, em parceria com o designer terena Bryan Soares. Os acessórios também trazem essa força: peças assinadas pelo artista terena Sulyvan Barros, rendas paraguaias ñandutí, mantas bolivianas e estampas de Ghva, que retrata povos originários. “Eles são o corpo, a alma e o sangue do nosso Estado. Não faria sentido contar essa história sem eles”, resume Fábio.

A entrada no evento é gratuita. O desfile está previsto para às 20h do dia 26 de setembro.

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