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Diversão

Cinemark vira "arqui-inimigo" de 400 universitários excluídos da meia-entrada

Helton Verão | 15/05/2013 15:36
Estudantes afirmam que selo tem a mesma validade que dos DCE's
Estudantes afirmam que selo tem a mesma validade que dos DCE's

Alguns alunos do curso de Direito da UCDB (Universidade Católica Dom Bosco) são barrados quando a tentativa é pagar meia entrada no Cinemark, no Shopping Campo Grande. Virou uma queda de braço. Eles teimam em aparesentar as carteirinhas de identificação estudantil com o selo do Daclobe (Diretório Acadêmico Clóvis Bervilaqua), a rede não aceita.

Quando o acadêmico apresenta a tal carteirinha, os funcionários solicitam algum comprovante de pagamento recente à faculdade, o que complica a situação. Agora, além de reclamarem ao Lado B, eles também ameaçam fazer um protesto na bilheteria do cinema e convocar os 400 estudantes que têm o benefício negado.

“Na semana passada, quando apresentei a minha carteirinha, pediram algum outro comprovante de pagamento ou que comprove que estudo na instituição. Falaram para mim que foi uma orientação da própria faculdade para rejeitar documentos com o selo do Daclobe. Para acabar a discussão paguei inteira e entrei”, conta a acadêmica do 3º semestre de direito Livia Del Vale, de 19 anos.

Segundo acadêmicos, o cinema tem rejeitado a meia entrada na maioria das vezes no período da noite, quando o movimento de pessoas é maior e os preços também. “Teve dias que alunos foram na parte da tarde e não aconteceu nada. No mesmo dia, outros que foram à noite acabaram impedidos de pagar a meia entrada”, comenta o presidente do Daclobe, Rafael Ribeiro Soares, de 26 anos.

“Na época da Expogrande deste ano descobrimos que o DCE da faculdade havia enviado um documento a vários locais na cidade para rejeitar carteirinhas com nosso selo. Nosso selo tem a mesma validade que os dos DCE’s”, argumenta Rafael.

Após a descoberta deste documento enviado pelo DCE, integrantes do Daclobe foram a cada um dos locais explicando que a carteira com o selo do diretório tem que ser aceita. “Depois que passamos de estabelecimento em estabelecimento, voltaram a aceitar, inclusive o Cinemark. Mas agora voltaram a rejeitar”, relembra o presidente.

Dia desses, o presidente diz ter abordado um gerente para saber se estavam aceitando a carteirinha com o selo, a resposta foi positiva. "No mesmo momento, um outro gerente interrompeu a conversa avisando que não estavam mais", conta.

Várias reclamações dos acadêmicos foram protocoladas no Procon-MS (Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor).

O superintendente do órgão, Alexandre Rezende, ressalta que as carteirinhas de diretórios como do Daclobe, não tem a mesma autonomia que dos DCE’s. Mas lembra que nenhum estabelecimento pode rejeitar o documento, até que haja um parecer judicial contrária.

O Campo Grande News entrou em contato com o Cinemark para saber sobre o assunto, mas não obtivemos resposta até o fechamento da matéria.

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