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Diversão

Depois de separação na pandemia, família encara 3 mil km até Sergipe

Nem perrengue e Kombi que "morreu" no caminho fez essa família desistir de fazer essa aventurar ter um final feliz

Thailla Torres | 17/01/2021 09:18
Kombi deixou família na mão na estrada, mas nem isso estragou aventura (Foto: Arquivo Pessoal)
Kombi deixou família na mão na estrada, mas nem isso estragou aventura (Foto: Arquivo Pessoal)

A Kombi branca da família do professor de história Marcelo Rosa sempre foi importante, mas recentemente virou protagonista de uma aventura de quase 3 mil quilômetros até o Sergipe, quando juntos saíram de Campo Grande e pegaram a estrada sem medo dos perrengues.

O que para muitos seria motivo para estresse e vontade de abrir mão da viagem, para a família virou diversão e história para contar às próximas gerações.

E tudo começou assim: Marcelo e a ex-esposa, Lena Ferreira, foram casados por 18 anos. Em 2019 os dois separam, mas continuaram amigos. No final do ano passado ela recebeu uma herança e decidiu se mudar para o Nordeste. O lugar escolhido foi Sergipe.

Marcelo ao lado dos dois filhos e o chachorro Luke (Foto: Arquivo Pessoal)
Marcelo ao lado dos dois filhos e o chachorro Luke (Foto: Arquivo Pessoal)

A família sempre teve uma adoração por kombis. Até tinham uma mais antiga que usavam como uma loja de material de rock móvel em Campo Grande. Quando ela decidiu se mudar, a família pensou que se fossem de Kombi até o Nordeste seria mais legal.

“Assim, ela me chamou para ajudar a dirigir a Kombi de Campo Grande até o Sergipe. E aceitei. Aí começou nossa jornada da viagem da Kombi. Fomos eu, minha ex, nossos dois filhos e um cachorro (o Luke)”, descreve Marcelo.

Foram 6 dias de viagem. Eles passaram por Goiás, Distrito Federal, Bahia e chegaram em Sergipe. “Decidi fazer um pequeno diário dessa viagem, pois tinha certeza que seria histórica. Foi assim que comecei a postar no Facebook as fotos dessa aventura".

Paisagem registrada por Marcelo (Foto: Arquivo Pessoal)
Paisagem registrada por Marcelo (Foto: Arquivo Pessoal)

E nem os perrengues fizeram essa turma desistir. “O maior perrengue foi quando a Kombi simplesmente morreu, subindo a Serra do Cipó na Bahia. Fiquei na margem da rodovia pedindo carona. Felizmente um rapaz, César o nome dele, parou e me deu carona até a cidade mais próxima. Lá consegui um guincho pra levar até o mecânico”.

Como historiador, Marcelo adorou tudo na viagem. “As vegetações: o Cerrado de Goiás, a Caatinga do Sertão Nordestino, a Zona da Mata, mas pra mim, o mais impressionante foi a Chapada Diamantina. Passamos por dentro dela. Foi fantástico. E foi do nada. Como não tínhamos mapa, não sabíamos que íamos passar por ela. Foi sensacional”, revela.

O diferencial, segundo Marcelo, foi que a viagem o uniu com a família novamente. “O fato de estarmos divorciados nos separou naturalmente. Meus filhos moram com a mãe desde a separação. Daí veio a pandemia e quase não pude ver meus filhos por causa do isolamento. Essa viagem nos uniu. Nos fortaleceu. Isso é o maior aprendizado. E tem o Luke também. Nosso cachorro. Que também aguentou os perrengues e curtiu a viagem toda sem reclamar”.

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Viagem rendeu, segundo o professor, história para contar (Foto: Arquivo Pessoal)
Viagem rendeu, segundo o professor, história para contar (Foto: Arquivo Pessoal)
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