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Diversão

Em espaço com rede para ler, encontro que começou com vinis cresce com arte

Aline Araújo | 12/04/2015 07:23
O Sexta do vinil é promovida uma vez por mês.
O Sexta do vinil é promovida uma vez por mês.

De Elis Regina a Milionário de José Rico. De Clara Nunes a Pink Floyd. A vitrola é democrática e a Sexta do Vinil também, uma vez por mês na Plataforma Cultural, na antiga Estação Ferroviária. O evento é plural e integra diferentes tipos de arte na mesma noite, com direito a redes para relaxar lendo um bom livro. É gratuito e aberto para quem quiser chegar e agregar algum tipo de produção cultural.

A ideia começou em outubro do ano passado e foi crescendo aos poucos, para reuir a turma que coleciona ou vende vinil, curtir uma noite diferente com os sons chiados que arrepiam quem gosta de escutar a música que vem de um bolachão.

Sidiney e Ulisses são organizadores do evento.
Sidiney e Ulisses são organizadores do evento.

A proposta foi do coordenador da plataforma, Sidney Lemes, de 42 anos. A Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande aprovou a iniciativa de movimentar o espaço e o evento começou. O acervo Hernane Corrêia, da Fundac, fica exposto, assim como outros materiais de colecionadores independentes.

“Eu gosto e coleciono vinil. A gente começou chamando os amigos para participar e fomos crescendo, mas ideia é sempre dinamizar e deixar claro que esse é um espaço aberto para todo mundo que quiser participar, não só com o vinil, mas com outras formas de arte também”, explica o coordenador do espaço.

Além de escutar um vinil, as pessoas podem levar livros para trocar ou até mesmo escolher um disponibilizado pela plataforma e deitar em uma das redes.

Experimentar uma mini pizza caseirinha, do Massas Capivara, comprar uma camiseta da Touché ou mesmo discos da Sub Cultura Records, são mais algumas das possibilidades para quem aparece. Tem também artesanatos e um espaço agradável, criado para a interação.

Logo na entrada quem chega já pode conferir o Curumex grafitando ao vivo uma tela. “Essa expansão de colocar musica, grafite e outras artes no mesmo ambiente é legal. O o grafite feito na hora aproxima o contato do grafiteiro com as pessoas que veem o grafite nas ruas e percebem que é uma arte muito ampla, pode tá muro ou na tela. Sem falar que valoriza o ambiente”, explica o artista Muriel Curumex, de 27 anos.

Um cantinho é preparado para quem que ler e relaxar.
Um cantinho é preparado para quem que ler e relaxar.
Curumex grafitou enquanto o evento acontecia.
Curumex grafitou enquanto o evento acontecia.
A ideia quer movimentar a plataforma cultural.
A ideia quer movimentar a plataforma cultural.

O colecionador Plinio Carlos da Silva, de 60 anos, ficou sabendo do encontro e resolveu separar uma pequena mostra do seu acervo pessoal. Em casa, ele tem mais de 2 mil discos, mas leva só alguns que também estão à venda.

Ele tem artistas regionais, como Zé Correa, a coleção completa do Roberto Carlos e muito mais do sertanejo e da MPB. O interesse por vinil surgiu na infância e só cresceu com tempo. Na sexta-feira passada, foi a primeira vez que participou do encontro na plataforma e ali encontrou e reencontrou as pessoas que dividem a mesma paixão.

O gerente comercial José Carlos Albuquerque, de 55 anos, ficou sabendo do evento e resolver comparecer para ver o que achava para sua coleção. Quando mudou para o Estado, em 1977 tinha mais de 600 discos, mas o acervo foi estraviado pela empresa de mudanças. Mas há duas semanas, ele resolveu começar de novo.

Os encontros acontecem toda segunda sexta-feira do mês. Com início às 18h e término às 22h. A plataforma cultural fica na Calógeras, quase esquina com a Mato Grosso. Na extensão do Armazém Cultural.

Sempre ao som do vinil.
Sempre ao som do vinil.
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